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AO VIVO: Eclipse Lunar Total de 27 de julho de 2018

ao vivo eclipse lunar julho 2018

Venha assistir ao eclipse lunar ao vivo, com imagens em tempo real de um observatório astronômico

Finalmente chegou o dia tão esperado. Hoje acontece o Eclipse Lunar Total mais longo do século, e mesmo que o tempo esteja nublado, você ainda poderá acompanhar tudo ao vivo, aqui em nosso site!

O Eclipse Lunar dessa sexta-feira, 27 de julho de 2018, terá início às 14h14 pelo horário de Brasília (BRT). Nesse horário, a Lua ainda estará abaixo do horizonte para todos que estiverem em território brasileiro.

O ápice do eclipse lunar acontecerá às 17h21 BRT, sendo que sua totalidade, ou seja, o momento em que a Lua ganha o famoso tom avermelhado, ocorrerá das 16h30 até às 18h13 BRT.

No Brasil o Eclipse Lunar Total poderá ser vistos em toda a costa leste do país logo após o pôr do Sol. Quem deseja observar pessoalmente, como do quintal de casa por exemplo, terá que dispor de uma visão plena do horizonte leste, que é onde a Lua irá nascer já eclipsada.

visibilidade do eclipse lunar de 27 de julho 2018
Mapa de visibilidade do eclipse lunar total de 27 de julho de 2018.
Créditos: Piruliton / Wikimedia Commons / divulgação

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Material na superfície de lua de Júpiter pode ser sal marinho

Experimento em laboratório da Nasa sugere composição, numa indicação de interação entre o oceano sob a superfície congelada de Europa e seu leito rochoso, considerada fundamental para a possibilidade dela abrigar vida

 Imagem de Europa feita pela sonda Galileu, da Nasa, no fim dos anos 1990: miteriosas linhas de material escuro que cobrem sua superfície seriam compostas por sal marinho Foto: Nasa/JPL-Caltech/SETI Institute
Imagem de Europa feita pela sonda Galileu, da Nasa, no fim dos anos 1990: miteriosas linhas de material escuro que cobrem sua superfície seriam compostas por sal marinho – Nasa/JPL-Caltech/SETI Institute

Experimentos realizados em laboratório por cientistas da Nasa sugerem que o material escuro visto sobre formações geológicas na superfície congelada de Europa, uma das luas de Júpiter, seria sal marinho vindo do oceano sob sua crosta de gelo. Caso se confirme, a presença deste material é uma importante indicação de que este oceano estaria interagindo com o leito rochoso sob ele, importante fator para determinar se Europa de fato pode abrigar algum tipo de vida extraterrestre, possibilidade que faz dela alvo de planos para ambiciosas e ousadas futuras missões espaciais, como uma que usaria até uma “lula robótica” para explorar este oceano.

– Temos muitas questões sobre Europa, mas a mais importante e mais difícil de responder é se há vida lá – destaca Curt Niebur, cientista do Programa para os Planetas Exteriores do Sistema Solar da Nasa. – Pesquisas como esta são importantes porque se focam em questões que podemos responder de forma definitiva, como se Europa é habitável. Uma vez que tenhamos estas respostas, podemos abordar a questão maior sobre se há vida no oceano sob a crosta de gelo de Europa.

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Rússia enviará homens à Lua em 2029, anuncia agência

O russo Alexei Leonov foi o primeiro homem a flutuar no espaço, em 1965
O russo Alexei Leonov foi o primeiro homem a flutuar no espaço, em 1965

A Rússia planeja enviar astronautas do país à Lua em 2029, há 60 anos do desembarque de norte-americanos.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) por Igor Komarov, diretor da agência espacial russa Roscosmos.

“Temos que começar a trabalhar agora para fazer isso”, declarou.

De acordo com ele, a missão humana, prevista para o biênio 2029-2030, será precedida por um voo não tripulado em 2028.

Durante a Guerra Fria, a Rússia e os Estados Unidos protagonizaram uma corrida espacial, que servia para demonstrar superioridade tecnológica e ideológica de cada país.

A corrida espacial começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1, em outubro de 1957.

Doze anos depois, a missão norte-americana Apollo 11 fez astronautas pousarem na Lua.

 

© Copyright Clube de Astronomia Órion / ANSA / UOL

Astrônomos aprofundam compreensão sobre origem da Lua

luaO corpo planetário que colidiu com a Terra e de cujo choque se formou a Lua pôde ter tido uma composição similar à de nosso planeta, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista “Nature” e que poderia ajudar a entender a origem do satélite natural.
Durante os primeiros 150 milhões de anos após a formação de nosso Sistema Solar, um corpo estelar gigante, quase do tamanho de Marte, bateu e se uniu com a Terra, o que provocou a expulsão de uma gigantesca nuvem de rochas e outros destroços.

Grande parte das simulações numéricas assinalam que a maior parte do material que formou a Lua procederia da fusão dos resíduos contidos nessa nuvem gerada por esse impacto gigante.

No entanto, mostras de rocha da Lua recolhidas pela missão Apolo revelam que sua composição é similar à do manto terrestre, o que representava um sério desafio ao modelo de formação da Lua, levando em conta, além disso, que outros corpos estelares no sistema solar têm composições diferentes.

Os astrônomos, dirigidos por Alessandra Mastrobuno-Battisti do Instituto de Tecnologia de Israel, simularam colisões entre protoplanetas (pequenos corpos celestes considerados embriões planetários) e compararam a composição de cada planeta que sobreviveu ao impacto com a do corpo que se chocou contra ele.

O resultado dessas simulações foi que de 20% a 40% dos corpos que impactaram tinham uma composição similar aos planetas com os quais colidiram, enquanto os planetas que se formaram como resultado desses choques tendiam a ter composições diferentes.

O artigo assinala que combinando os resultados das simulações se pode deduzir que o corpo celeste que colidiu com a Terra devia ter uma composição similar à de nosso planeta.

Os autores do artigo sugerem que estes resultados podem explicar as similitudes de composição entre Terra e Lua e porque sua composição é diferente das de outros planetas do Sistema Solar.

A “Nature” publica, além disso, outros dois artigos que fornecem evidências em favor da teoria que após o impacto gigante que formou a Lua, tanto esta como a Terra receberam “uma última camada” de materiais.

As últimas medições dos isótopos de tungstênio da Terra e da Lua mostraram diferenças em sua composição que trazem informação sobre a história inicial do sistema formado por nosso planeta e de seu satélite, que podem afetar os modelos de formação da Lua.

A crosta e o manto terrestre tem um excesso de elementos afins ao ferro, como tungstênio, o que permitiu teorizar que estes elementos procedem em sua maioria de “uma última camada” de materiais que se acumularam depois do impacto gigante que formou a Lua.

Se esta teoria estiver certa, caberia esperar que a Terra e seu satélite teriam composições diferentes de tungstênio, mas até agora não se tinha podido detectar esse fato.

No entanto, os dois estudos publicados na “Nature” por pesquisadores das universidades de Lyon (França) e Münster (Alemanha), respectivamente, assinalam que no tungstênio da Lua há um excesso de isótopo 182W se for comparado com o que existe no atual manto terrestre.

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© Copyright Agência EFE / UOL

Eclipse Lunar Total e Lua de Sangue de 04 de abril será transmitido ao vivo. Confira!

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Mais um belo evento astronômico vem vindo ai.
No próximo dia 04 de abril teremos o primeiro Eclipse Lunar Total (Lua de Sangue) de 2015. Esse evento pertence a Tétrade de eclipses, que são quatro eclipses lunares seguidos. Uma pena que não vai ocorrer aqui no Brasil, mas  você poderá assistir a transmissão ao vivo, aqui mesmo em nosso site, uma cortesia do Clube de Astronomia Órion e do Projeto Slooh.Este é o primeiro de dois eclipses lunares totais em 2015.

E pra tirar a dúvida e esclarecer tudo sobre esse grande evento, preparamos essa matéria especial. Confira!

Como acontece um eclipse lunar?

diferença de eclipse lunar para eclipse solar

Um eclipse lunar acontece quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e a Lua, e com isso, o nosso planeta projeta uma sombra no nosso satélite natural. Essa sombra pode ser vista a partir de algumas regiões do nosso planeta, que é onde o eclipse é visível. Como a órbita da Lua é ligeiramente inclinada em relação a trajetória do Sol no céu, a Lua quase sempre passa abaixo ou acima da sombra projetada pela Terra, por isso os eclipses lunares não acontecem em todas as luas cheias.

O Eclipse Lunar do dia 04 de abril vai ser visível no Brasil? Qual horário?

O Eclipse Lunar Total de 4 de abril de 2015 será visível no oeste da América do Norte, no Pacífico, leste da Ásia, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, o Eclipse Lunar do dia 04 de abril será visível parcialmente. Já no extremo leste do Brasil (Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, entre outros), o eclipse não será visível.

visibilidade eclipse lunar 4 de abril de 2015
Áreas escuras não poderão observar o eclipse lunar de abril de 2015 Créditos: NASA

O eclipse lunar total do dia 4 de abril de 2015 terá início às 10h15 UTC e término às 13h44 UTC, e a totalidade do eclipse terá duração de 4 minutos e 43 segundos. O eclipse parcial terá início às 09h01 UTC (06h00 pelo horário de Brasília), e término às 14h58 UTC (11h58 pelo horário de Brasília).

Lua de Sangue do dia 04 de abril de 2015: o que isso significa?

Algumas vezes a Lua passa pela penumbra dessa sombra projetada pela Terra, o que chamamos de Eclipse Lunar Penumbral, evento quase imperceptível, pois a Lua ganha apenas um leve sombreado. Às vezes a Lua chega a passar um pouco pela sombra central, o que chamamos de Eclipse Lunar Parcial, porém, o mais raro de todos é o Eclipse Lunar Total, que também é chamado de Lua de Sangue. Na verdade, esse apelido “Lua de Sangue” não é correto, pois a Lua só ganha a coloração avermelhada em alguns casos imprevisíveis. Portanto, seria correto chamar um eclipse lunar total de Lua de Sangue apenas se ele já aconteceu, e realmente teve a famosa coloração avermelhada.

A Tétrade de Eclipses Lunares

Um Eclipse Lunar Total já é um evento raro por si só, mas o que torna esse eclipse do dia 04 de abril ainda mais especial é o fato dele fazer parte de uma tétrade de eclipses, que é quando quatro eclipses lunares totais acontecem seguidos (evento conhecido popularmente como quatro Luas de Sangue). A última vez que uma série de eclipses lunares totais aconteceu em sequência foi em 2003 e 2004, e apenas mais sete sequências como essa acontecerão no século atual.

O primeiro eclipse dessa tétrade aconteceu no dia 15 de abril de 2014, o segundo no dia 08 de outubro de 2014, o terceiro acontece agora, e o último será no dia 28 de setembro de 2015.

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Eclipse lunar

Os Eclipses Lunares Totais, ou Luas de Sangue (como são conhecidos), são vistos como eventos de má-sorte ou são correlacionados com catástrofes globais, etc… porém, trata-se apenas de um evento astronômico natural, cuja beleza é o único ingrediente para que ele seja visto com grandeza e esplendor.

Transmissão ao vivo

Como de costume, você poderá assistir a transmissão ao vivo do Eclipse Lunar Total no dia 04 de abril aqui em nosso site, uma cortesia do Clube de Astronomia Órion e do Projeto Slooh.

A transmissão ao vivo será feita a partir de vários locais em todo o mundo, com duração de aproximadamente quatro horas. A cobertura completa terá narração (em inglês) de Bob Berman, Will Gater, e Eric Edelman.

A transmissão ao vivo será exibida pelo observatório Slooh através desse link.

Em breve faremos outra matéria com links e players ao vivo de outros sites, se confirmar, teremos a transmissão ao vivo de um dos nossos parceiros brasileiro.
Conheça também o site oficial do Projeto Slooh

Fiquem atentos para mais informações a qualquer momento.

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© Copyright Clube de Astronomia Órion / Prof. Henrique D. F. Souza

Eclipse Solar do dia 20 será transmitido ao vivo

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Mais um belo evento astronômico vem vindo ai, e para a alegria de todos, será um evento interessante. Uma pena que não vai ocorrer aqui no Brasil, mas  você poderá assistir a transmissão ao vivo, aqui mesmo em nosso site, uma cortesia do Clube de Astronomia Órion e do Projeto Slooh.

O Eclipse Solar está calculado para acontecer no dia 20 de março e começa às 07h41 UTC, terminando às 11h50 UTC. Será bem visível um Eclipse Solar Total em Svalbard (Noruega) e nas Ilhas Faroé, e um E. parcial na Europa, Norte e Leste da Ásia e da África do norte e ocidental.

Modelo apresentado pela NASA mostra a trajetória da sombra da Lua.

O final do caminho da sombra da Lua sobre a Terra passa sobre o polo norte. Como o dia 20 de março marca o equinócio, o eclipse ocorrerá ao nascer do Sol no polo norte encerrando a noite de seis meses e marcando o final do inverno ártico.

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A transmissão ao vivo será exibida pelo observatório Slooh através desse link. Em breve faremos outra matéria com links e players ao vivo de outros sites, se confirmar, teremos a transmissão ao vivo de um dos nossos parceiros brasileiro.
Conheça também o site oficial do Projeto Slooh

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© Copyright Clube de Astronomia Órion / Prof. Henrique D. F. Souza

Raro alinhamento entre Sol, Lua e Terra acontece nesta sexta-feira

Eclipse solar poderá ser visto no Hemisfério Norte, Mas brasileiros poderão observar fenômeno pela internet

Na próxima sexta-feira o Hemisfério Norte poderá ver um raro alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra, o que vai causar um eclipse solar. De alguns locais, as pessoas poderão ver o Sol totalmente coberto pela Lua. O último fenômeno dessa importância aconteceu em 1999. O Brasil e demais países ao Sul do planeta não verão, a olho nu, o acontecimento, mas poderão acompanhar via transmissões ao vivo na internet.

Enquanto muitos amantes da astronomia já estão na expectativa, autoridades se preocupam. Como no Reino Unido, o evento acontecerá durante a hora do rush, especialistas pedem que os motoristas não se distraiam ao volante para evitar acidentes.

Quando mais ao Norte do planeta a pessoa estiver, mais o Sol ficará encoberto da sua perspectiva. No Reino Unido, por exemplo, o astro estará 84% “tapado” em Londres, 89% em Manchester, 93% em Edimburgo e 97% em Lerwick. Na capital inglesa, os moradores poderão ver o início do eclipse às 8h24 de lá (5h24 no horário de Brasília) e seu ápice às 9h31 (6h31 no horário de Brasília). A cobertura total do sol será vista apenas nas Ilhas Faroe, território que pertence à Dinamarca, e no arquipélago de Svalbard, na Noruega.

Um porta-voz da Highway Agency da Inglaterra, órgão do governo responsável pelas rodovias, pediu que os motoristas se mantenham em alerta: “ Segurança é a prioridade. Como sempre aconselhamos os motoristas a dirigir com cuidado, atentos ao clima e às condições das estradas, durante o eclipse pedimos que façam o mesmo.”

Os especialistas chamam atenção também para os perigos de se observar o eclipse a olho nu. A recomendação é que os espectadores vejam o fenômeno por meio de projeções. A organizações Royal Astronomical Society e a Society Popular Astronomy indicam o uso de métodos seguros, como óculos especiais e as chamadas Câmeras Pinhole, uma câmera fotográfica artesanal, improvisada com um espécie de caixa e que tem apenas um pequeno furo como “lente”.

 

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© Copyright Clube de Astronomia Órion / O Globo

 

Por que a Lua está se afastando da Terra?

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Você certamente não percebeu, mas a Lua está se afastando de nós.

O satélite da Terra está atualmente 18 vezes mais longe do que quando se formou, há 4,5 bilhões de anos.

Sem a Lua, nosso planeta seria irreconhecível. Os oceanos quase não teriam marés, os dias teriam outra duração e nós poderíamos não estar aqui, de acordo com alguns cientistas que acreditam que a Lua foi fundamental para o início da vida em nosso planeta.

Mas como esse afastamento nos afeta e com que rapidez ele está ocorrendo?

Distância exata

A Lua, como explica à BBC a pesquisadora Margaret Ebunoluwa Aderin-Pocock, do Departamento de Ciência e Tecnologia do University College de Londres, está se afastando da Terra a uma velocidade de 3,78 centímetros por ano.

E graças ao pouso na lua da missão Apollo, da Nasa, entre 1969 e 1972, podemos medir essa distância com incrível precisão.

Em três das missões, os astronautas deixaram no satélite unidades retrorefletoras cheias de pequenos espelhos.

Desde então, os astrônomos têm disparado raios laser em direção a essas unidades refletoras, para manter um registro exato de o quanto a Lua está se afastando.

“Enviamos cerca de 100 quatrilhões de fótons com cada pulso de laser. Se tivermos sorte, para cada pulso que enviamos, volta (à Terra) um fóton”, disse à BBC Russet McMilllan, do observatório astronômico científico Apache Point Observatory (APO, por sua sigla em Inglês), localizado nas montanhas de Sacramento, no Novo México (EUA).

Apesar de à primeira vista um fóton parecer pouco, ele é suficiente para medir a distância entre a Lua e da Terra até o seu último milímetro.

No momento em que a BBC conversou com McMillan, a distância exata era 393.499 km, 257 metros e 798 mm.

Por quê?

Esse afastamento se deve à fricção entre a superfície da Terra e a enorme massa de água que está sobre ela e faz com que, ao longo do tempo, a Terra gire um pouco mais lentamente sobre o seu eixo.

Para cada ação há uma reação igual e oposta. Esta é a terceira lei de Newton.

À medida que o movimento da Terra diminui, o da Lua se acelera

A Terra e a Lua são unidas por uma espécie de abraço gravitacional. Então, à medida que o movimento da Terra diminui, o da Lua acelera.

E, quando algo que está em órbita acelera, essa aceleração o empurra para fora.

Efeito

A distância da Lua afeta nosso planeta de várias formas. Para começar, à medida em que a Terra gira mais devagar, os dias ficam mais longos.

Eles já estão mais longos, em dois milésimos de segundo a cada século.

Além disso, os invernos serão muito mais frios e os verões, muito mais quentes.

Isso pode ter um efeito devastador sobre a Terra, ante a dificuldade dos animais em se adaptar a extremos climáticos.

E se a força gravitacional da Lua torna-se mais fraca, as marés na Terra não serão tão acentuadas.

No entanto, mesmo sem a Lua, existiriam marés – ainda que suaves – pelo efeito do Sol.

No entanto, nenhuma dessas consequências deve preocupar: as mudanças são sutis demais para que possamos testemunhá-los.

A Lua nunca vai escapar da Terra. Mesmo que a Terra continue diminuindo sua velocidade, irá girar na mesma velocidade em que orbita a Lua. Nesse momento, a Terra e a Lua vão chegar a um equilíbrio e a Lua deixaria de se afastar.

Mas, muito antes que isso aconteça, o Sol vai se expandir até virar um gigante vermelho e engolir, no processo, a Terra e seu satélite.

Dito isso, não há necessidade de se preocupar. Ainda faltam cerca de 5 bilhões de anos para isso acontecer.

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© BBC Brasil

Nasa confirma oceano em Lua de Júpiter

Cientistas que utilizam o Telescópio Espacial Hubble confirmaram que a lua Ganímedes, na órbita de Júpiter, possui um oceano por baixo de uma crosta superficial de gelo, elevando a probabilidade da presença de vida, afirmou a Nasa nesta quinta-feira.

A descoberta resolve um mistério relacionado à maior Lua do sistema solar após a nave Galileo, já aposentada, ter fornecido pistas sobre a existência de um oceano abaixo da superfície de Ganímedes enquanto cumpria uma missão exploratória ao redor de Júpiter e de suas luas, entre 1995 e 2003.

Assim como a Terra, Ganímedes possui um núcleo de ferro fundido que gera um campo magnético, embora o campo magnético de Ganímedes seja amalgamado ao campo magnético de Júpiter. Isso dá origem a uma interessante dinâmica visual, com a formação de duas faixas de auroras brilhantes nos pólos norte e sul de Ganímedes.

O campo magnético de Júpiter se altera com sua rotação, agitando as auroras de Ganímedes. Cientistas mediram tais movimentos e descobriram que os efeitos visuais se mostravam mais restritos do que deveriam.

Usando modelos gerados por computador, eles chegaram à conclusão de que um oceano salgado, capaz, portanto, de conduzir eletricidade, abaixo da superfície da Lua se contrapunha à atração magnética de Júpiter.

“Júpiter é como um farol cujo campo magnético muda conforme a rotação do farol. Isso influencia a aurora”, explicou o geofísico Joachim Saur, da Universidade de Colônia, na Alemanha. “Com o oceano, a agitação fica significativamente reduzida.”

Os cientistas testaram mais de 100 modelos computadorizados para observar se qualquer outro elemento poderia ter impacto sobre a aurora de Ganímedes. Eles também reprocessaram sete horas de observações ultravioletas do Hubble e analisaram dados sobre ambos os cinturões de aurora da Lua.

O diretor da Divisão de Ciência Planetária da Nasa, Jim Green, classificou a descoberta como “uma demonstração supreendente”.

?Eles desenvolveram uma nova abordagem para se observar a parte interna de um corpo planetário com um telescópio?, disse Green.

Ganímedes se junta agora a uma crescente lista de luas localizadas nas partes mais afastadas do sistema solar que possuem uma camada de água abaixo da superfície.

Na quarta-feira, cientistas disseram que outra Lua de Júpiter, a Encélado, possui correntes quentes de água abaixo de sua superfície gélida. Entre outros corpos ricos em água estão Europa e Callisto, também luas de Júpiter.

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Novas evidências reforçam que Lua se originou de colisão da Terra

WASHINGTON, 05 Jun 2014 (AFP) – Cientistas alemães disseram nesta quinta-feira que as amostras lunares coletadas nas décadas de 1960 e 1970 mostram novas evidências de que a Lua se formou quando a jovem Terra colidiu com outro corpo celeste.

Os pesquisadores chamam de “A Hipótese do enorme Impacto” o suposto ocorrido, segundo o qual a Lua foi criada quando a Terra bateu com um corpo chamado Theia há 4,5 bilhões de anos.

A maioria dos especialistas apoia esta hipótese, mas eles dizem que a única forma de confirmar que tal impacto ocorreu é estudando as proporções de isótopos de oxigênio, titânio, silício e outros componentes nos dois corpos celestes.

Até agora, os cientistas que estudavam as amostras lunares que chegaram da Terra em meteoritos descobriram que a Terra e a Lua têm uma composição muito similar.

Mas agora, ao estudar as amostras coletadas da superfície lunar pela equipe da Nasa das missões Apolo 11, 12 e 16 e compará-las com técnicas científicas mais avançadas, os cientistas descobriram algo novo.

“Puderam detectar uma leve, mas claramente maior, composição do isótopo de oxigênio nas amostras lunares”, destaca o estudo publicado na revista especializada Science. “Esta mínima diferença apoia a hipótese do enorme impacto na formação da Lua”.

Segundo modelos que recriaram esta colisão em um nível teórico, a Lua era formada por elementos de Theia em 70% a 90%, e elementos terrestres em 10% a 30%.

Mas agora os pesquisadores revisaram para cima o papel do nosso planeta na composição do seu satélite: a Lua pode ser uma mistura 50/50 de restos da Terra e de Theia. No entanto, faltam mais estudos para confirmar esta versão.

“Agora podemos estar razoavelmente seguros de que a enorme colisão ocorreu”, disse o autor principal do estudo, Daniel Herwartz, da universidade Georg-August de Gottingen, na Alemanha.