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‘Duende’, o objeto descoberto nos confins do Sistema Solar que aponta para a existência do ‘Planeta X’

'Duende', ou 'Goblin', é considerado um indicador da existência do hipotético 'Planeta X'
‘Duende’, ou ‘Goblin’, é considerado um indicador da existência do hipotético ‘Planeta X’

 

Cientistas encontraram novas evidências de que o nono planeta do Sistema Solar, que há anos eles buscam identificar, pode de fato existir.

A órbita do planeta-anão “2015 TG387” ou o “Duende”, cuja descoberta foi anunciada terça-feira pelo Centro de Planetas Pequenos da União Astronômica Internacional, pode ser a chave para se chegar ao chamado “Planeta 9” ou “Planeta X”, que ficaria muito depois de Plutão (que, aliás, deixou de ser considerado um planeta em 2006 e foi reclassificado como planeta-anão).

O anúncio foi feito após três anos de pesquisa com a ajuda do telescópio japonês Subaru, localizado no Havaí, nos Estados Unidos.

E revela que a órbita do novo objeto, que está muito longe do Sol, sustenta a ideia da existência de um planeta ainda mais distante e maior, uma “superterra”.

Planeta X, um gigante no radar

Os cientistas afirmam que o “Duende” seria um pequeno indicador da presença do hipotético “Planeta X”, um gigante que eles acreditam existir nos confins do Sistema Solar.

Mas por que um objeto-anão funciona como sinalizador da existência de um corpo celeste imenso?

Nasa

Objetos estariam para além de Plutão, que a União Astronômica Internacional deixou de considerar planeta em 2006

O estudo que localizou o pequeno planeta de cerca de 300 km de diâmetro ficou a cargo do Instituto Carnegie para a Ciência, da Universidade do Norte do Arizona e da Universidade do Havaí.

O Duende – ou Goblin, em inglês – está 2,3 mil vezes mais distante do Sol do que a Terra e aproximadamente duas vezes e meia mais longe do que Plutão está do Sol.

Como resultado, o planeta-anão leva mais de 40 mil anos para dar uma volta ao redor do nosso astro.

E os cientistas estimam que sua lentidão pode se dever à “proximidade” de outro corpo muito maior que ele.

Influência

O Duende é um dos poucos objetos conhecidos que nunca chegam perto o suficiente dos planetas gigantes do Sistema Solar, como Netuno e Júpiter, para ter interações gravitacionais significativas com eles.

Sua longa órbita, como a de outros dois objetos parecidos descobertos em 2014, parece estar influenciada pela gravidade de um outro objeto, que pode ser 10 vezes maior que a Terra.

Reuters

O Planeta 9 é descrito como uma ‘superterra’ que está para além da órbita de Plutão

Este objeto supermassivo seria o chamado “Planeta X” ou “Planeta 9”.

Os cientistas descobriram o Duende, inclusive, enquanto estavam em busca desse planeta.

Objetos distantes

Segundo o Instituto Carnegie, a pesquisa que resultou na descoberta é “a maior e mais profunda já realizada em objetos distantes do Sistema Solar”.

“Esses objetos distantes (como o Duende) são como as migalhas de pão que nos levam ao Planeta X”, disse o chefe do estudo, Scott Sheppard, da Carnegie, em um comunicado.

“Quanto mais pudermos encontrar, melhor poderemos entender o Sistema Solar externo e o possível planeta que acreditamos estar moldando suas órbitas”, acrescentou.

Sheppard afirma que “essas descobertas redefiniriam nosso conhecimento da evolução do Sistema Solar”.

O astrônomo David Tholen, da Universidade do Havaí, complementa: “Achamos que poderia haver milhares de pequenos corpos como o TG387 2015 nas margens do Sistema Solar, mas a distância deles torna muito difícil encontrá-los”.

 

© Copyright Clube de Astronomia Órion / Prof. Henrique D. F. Souza / UOL / Roberto Candanosa / Scott Sheppard / Carnegie

Halo de gás em torno da galáxia de Andrômeda é muito maior do que se pensava

Observações com o telescópio espacial Hubble mostram que bolha difusa de material em torno da maior vizinha da Via Láctea se estende por cerca de 1 milhão de anos-luz

 A galáxia de Andrômeda vista pelo observatório espacial Galex, da Nasa, na faixa ultravioleta, a mesma usada pelos astrônomos para estudar seu halo Foto: Nasa
A galáxia de Andrômeda vista pelo observatório espacial Galex, da Nasa, na faixa ultravioleta, a mesma usada pelos astrônomos para estudar seu halo – Nasa

Observações feitas com o telescópio espacial Hubble mostram que o halo de gás em torno da galáxia de Andrômeda, a maior vizinha de nossa Via Láctea, é muito maior e mais maciço do que se pensava. Segundo os astrônomos, a bolha escura e difusa de material relativamente quente, mas quase invisível, se estende por cerca de 1 milhão de anos-luz em torno de Andrômeda, a maior caminho de chegar na nossa galáxia, com uma massa total estimada em metade de todas as estrelas da própria Andrômeda. A descoberta representa mais uma pista sobre a evolução e estrutura das majestosas galáxias espirais gigantes como Andrômeda e Via Láctea, um dos tipos mais comuns vistos no Universo.

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Conheça 7 das galáxias mais fora do comum no universo

Muito além da Via Láctea existem galáxias com formatos e cores simplesmente incríveis que vale a pena conhecer
Fonte da imagem: Reprodução/European Southern Observatory Conheça 7 das galáxias mais fora do comum no universo

O universo é bem maior do que podemos imaginar. Além da Via Láctea, existem muitas outras galáxias espalhadas pelo espaço. E, como esses sistemas se originaram de maneiras diversas e são compostos de elementos diferentes, temos galáxias com formatos e cores simplesmente incríveis.

Formadas por enormes quantidades de gás, poeira, matéria escura e estrelas, reunimos algumas das galáxias mais fora do comum que já foram encontradas no espaço. As imagens são impressionantes e nos fazem pensar sobre a imensidão do universo. Então, conheça um pouco mais sobre essas galáxias mais do que diferentes e depois nos conte o que você achou de cada uma delas.

#1 – Arp 87

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Mais do que uma, a Arp 87 é a união de duas galáxias. Para entender esse processo de formação é importante lembrar que a colisão entre esses sistemas é comum, e uma das principais evidências de que essas duas galáxias entraram em choque é o rastro que existe entre elas. Os especialistas concluíram que elas se encontraram alguns bilhões de anos atrás e a gravidade agiu sobre a matéria conforme elas se afastaram.

Por esse motivo, é bastante provável que elas voltem a se aproximar e eventualmente se transformem em uma única galáxia. Enquanto isso não acontece, elas estão interligadas por uma linha de estrelas, gases e partículas.

#2 – Galáxia Sombreiro

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Como o próprio nome diz, a galáxia tem um formato que lembra o tradicional chapéu mexicano – a protuberância que aparece no meio do sistema e a “aba” lateral que fica ao seu redor nos permite imaginar um sombreiro.

Mas, ao observar com mais atenção, os especialistas notaram que a galáxia é formada por diversos agrupamentos de estrelas, em vez de um conjunto único e gigante. Porém, eles ainda não sabem explicar como os anéis que formam uma estrutura tão detalhada se desenvolveram. Ainda, há uma grande probabilidade de existir um enorme buraco negro no centro da galáxia.

#3 – Centaurus A (NGC 5128)

Fonte da imagem: Reprodução/European Southern Observatory

Apesar de ter um aspecto mais semelhante ao que nos vem à mente quando pensamos em uma galáxia, a Centaurus A tem suas peculiaridades. Se compararmos seu tamanho ao de outras galáxias perceberemos que ela é especialmente grande e os astrônomos já sabem que sistemas dessa magnitude apresentam formas espirais ou elípticas.

Mas, ao atravessar a poeira e observar a galáxia mais atentamente, os astrônomos descobriram que ela apresenta formas espirais e elípticas ao mesmo tempo – o que é bastante incomum e faz com que essa seja a única galáxia elíptica com braços espirais. A teoria é que a Centaurus A tenha absorvido uma galáxia espiral há milhões de anos, mas esse é só um palpite.

#4 – Messier 83

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Também conhecida como “Catavento-do-sul” e “M83”, essa é uma das galáxias mais brilhantes do céu. O sistema foi descoberto há 250 anos, mas foi classificado como uma enorme nuvem de gás até que os especialistas pudessem analisá-la mais de perto.

Os tons vibrantes de rosa e roxo desse enorme catavento são suas características mais marcantes, além das frequentes explosões de supernovas que foram observadas pelos astrônomos. Atualmente, existem oito supernovas ativas na galáxia e reminiscências de mais de uma centena delas.

A coloração rosa é resultado direto da formação de novas estrelas no sistema, que liberam uma enorme quantidade de energia UV. Essa energia é absorvida pela poeira e pelos gases que existem ao redor, o que resulta nessa aparência cor-de-rosa. Apesar de seu visual diferente, essa galáxia é considerada por muito uma das mais bonitas do universo.

#5 – NGC 474

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Ao observarmos as imagens da NGC 474 é mais fácil nos lembrarmos de criaturas marinhas que vivem lá no fundo dos oceanos do que pensar em uma galáxia. Os astrônomos não sabem ao certo o que pode estar provocando a liberação de uma quantidade tão grande de energia – que é o fenômeno que cria esse visual tão incomum –, mas eles têm duas teorias.

Primeiramente, acredita-se que as conchas possam ser reminiscências de galáxias menores que foram absorvidas pela NGC 474. Mas os especialistas também acham que elas possam ser o resultado de uma interação com a galáxia que fica logo atrás dela, o que seria um indício de que uma colisão pode acontecer.

É interessante notar que, por causa dessas estranhas conchas externas da NGC 474, os astrônomos entenderam que as galáxias mais conhecidas apresentam auréolas irregulares como um resultado de colisões com outras galáxias recentemente – considerando a escala de tempo do espaço, é claro.

#6 – NGC 660

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

A NGC 660 é um tipo raro de sistema conhecido como “galáxia de anel polar”. Para se ter uma ideia, até hoje foram descobertas apenas uma dúzia delas, sendo que os especialistas sabem que existem mais de dez mil galáxias no universo. Essas estruturas são formadas por anéis, estrelas, poeira, detritos e matéria de outras galáxias que orbitam quase que perpendicularmente com relação ao disco central da galáxia.

E você deve estar se perguntando de onde veio todo esse material. Pois saiba que os especialistas acreditam que ele tenha sido desviado de uma galáxia que passou pela região há muito anos. E, como o anel está consideravelmente afastado no disco galáctico, os astrônomos estão observando atentamente a estrutura para ver como a força gravitacional da matéria escura afeta o disco em uma tentativa de entender mais sobre a própria matéria escura.

#7 – Galáxia do Boto (NGC 2936)

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Basta olhar para a imagem da Galáxia do Boto para entender por que ela recebeu esse nome. Porém, por mais que seu aspecto realmente lembre o mamífero, muitas pessoas enxergam um pinguim protegendo seu ovo. Independente disso, a verdade é que a estrutura é formada por duas galáxias: o “boto” realmente faz parte da NGC 2936, enquanto o “ovo do pinguim” foi catalogado como Arp 142.

A parte do boto costumava ser uma galáxia espiral semelhante à Via Láctea, mas as imensas forças gravitacionais da galáxia mais densa que está atrás dela modificaram consideravelmente seu formato. O olho do boto costumava ser o centro do sistema. Os especialistas acreditam que as duas estruturas devem se fundir dentro de bilhões de anos.

Você consegue imaginar quanto cabe em um ano-luz?

Se pudéssemos transformar um ano-luz em um cubo e preenchê-lo com o que quer que coubesse lá dentro, o que será que aconteceria?
Fonte da imagem: Shutterstock Você consegue imaginar quanto cabe em um ano-luz?

Fraser Cain, do site Universe Today, lançou um desafio complexo e interessante, capaz de confundir nossos cérebros. Em resumo, o que o editor quer nos levar a pensar é quanto caberia em um ano-luz. A explicação e a resposta dessa difícil pergunta estão em um vídeo disponível no canal do site.

Então, vamos ao raciocínio que Cain desenvolve no vídeo: mesmo que o nome possa ser confuso, você provavelmente já sabe que um ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo ao longo de um ano. Com uma velocidade de cerca de 300 mil quilômetros por segundo, isso é mais do que suficiente para ir para bem longe da Terra.

Então, transforme essa distância em um cubo, no qual cada face tem um ano-luz de comprimento. Você consegue imaginar a imensidão do volume criado? Pode ser um tanto quanto confuso, mas agora tente preencher esse espaço e imaginar quanto caberia dentro do cubo. Algum palpite? Cain nos conta que existe uma resposta, mas tudo depende do lugar onde esse cubo gigantesco se encontra.

A imensidão do espaço

Com proporções tão grandiosas, precisamos considerar que o cubo ficará localizado em algum lugar do espaço, que pode ser nos cantos mais desconhecidos da Via Láctea ou nos supervazios que existem entre as galáxias onde quase não há matéria.

Para entender o raciocínio, não temos como escapar da matemática, então vamos começar considerando a densidade média da Via Láctea: são cerca de 100 mil anos-luz de comprimento por mil anos-luz de espessura.

Estima-se que o volume total da nossa galáxia seja de aproximadamente 8 trilhões de anos-luz cúbicos. Já a massa total da Via Láctea é de 6 x 10 a potência de 42 quilogramas. Se dividirmos esse número, chegaremos a 8 x 10 a potência de 29 quilogramas por ano-luz, o que significa que é um 8 seguido de 29 zeros. Isso parece muito para você?

Na verdade, esse número absurdo representa apenas 40% da massa do Sol. Em outras palavras, isso nos indica que existe cerca de 40% da massa do Sol em cada ano-luz cúbico da Via Láctea. Por outro lado, em um metro cúbico existem apenas 950 atogramas, medida que representa um quintilhonésimo de grama, o que é quase a mesma coisa que nada. Para se ter uma ideia, o ar consegue ter mais de um quilo de massa por metro cúbico.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Nas regiões mais densas da Via Láctea, como os aglomerados globulares, é possível encontrar estrelas cem ou até mesmo mil vezes mais densas do que a nossa região da galáxia — isso porque as estrelas conseguem se aproximar tanto quanto os raios do Sistema Solar. Mas, nos vastos espaços interestelares, a densidade diminui consideravelmente, tendo apenas algumas poucas centenas de átomos individuais por metro cúbico. Já nos supervazios intergalácticos, o número é ainda menor.

Uma possível conclusão

Então, quanto você diria que cabe em um ano-luz? Fraser Cain acredita que tudo depende da maneira como você vê. No entanto, se espalhássemos toda a matéria (como quem chacoalha um daqueles globos com floquinhos de neve, ilustra ele), a resposta seria bem próxima de nada.

Como você bem deve ter percebido, o assunto é realmente complexo e exige bastante do nosso raciocínio. Por mais que não sejamosfísicos ou astrônomos, o que conseguimos concluir com todos esses cálculos e informações é que nós somos infinitamente menores do que imaginamos e o universo e suas galáxias são de uma magnitude inigualável.

Você sabia que a Via Láctea se move como uma bandeira tremulando ao vento?

Equipe de astrônomos descobriu o movimento de oscilações criado por forças desconhecidas
Fonte da imagem: Reprodução/Daily Galaxy Você sabia que a Via Láctea se move como uma bandeira tremulando ao vento?

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu que a Via Láctea oscila em ondas, parecendo o movimento de uma bandeira gigantesca tremulando ao vento.

Além da rotação regular, os cientistas descobriram que a Via Láctea se move perpendicularmente ao plano galáctico, que é onde se encontra a maior parte das estrelas de uma galáxia com forma aplanada, sendo orientado com lados norte e sul.

Segundo os especialistas, a Via Láctea faz esse movimento de norte a sul, a partir do plano galáctico com as forças que vêm de várias direções, criando um padrão de onda caótica. As fontes dessas forças que criam o movimento ainda não são conhecidas, mas possíveis causas incluem braços espirais que se agitam e criam ondulações provocadas pela passagem de uma galáxia menor através do nossa.

Pesquisas

A equipe de astrônomos liderada por Mary Williams, do Instituto Leibniz de Astrofísica de Potsdam (AIP), detectou e analisou este fenômeno com o Experimento de Velocidade Radial (que tem a sigla RAVE em inglês), uma pesquisa de quase meio milhão de estrelas em torno do Sol.

Usando uma classe especial de estrelas, que têm a mesma intensidade de brilho, a média das distâncias entre elas pôde ser determinada. Com isso, as velocidades medidas com o RAVE, combinadas com outros dados de pesquisa, puderam ser usadas para determinar as velocidades de 3D ​​completas (de cima para baixo, dentro-fora e rotacional).

O uso do 3D para o mapeamento

Fonte da imagem: Reprodução/Daily Galaxy

Neste estudo, as estrelas foram usadas para examinar a cinemática em uma grande região 3D em torno do Sol, que compreende 6,5 anos-luz acima e abaixo da posição do astro-rei, bem como para dentro e para fora do centro galáctico, atingindo um quarto da distância para o centro.

Com isso, os padrões de movimento 3D obtidos mostraram estruturas altamente complexas. O objetivo foi, então, era desmembrar estas estruturas, concentrando-se sobre as diferenças entre o norte e o sul do plano galáctico. A partir dessas velocidades viu-se que a nossa galáxia se movimenta muito mais do que se pensava anteriormente, mostrando um comportamento ondulatório, com estrelas espalhando-se para dentro e para fora.

O elemento novo na abordagem dos movimentos da Via Láctea é também a sua observação em 3D, mostrando o quão complexo o cenário da velocidade realmente é. Agora, o desafio dos cientistas é compreender esse comportamento e fazer modelos em 3D de nossa galáxia muito mais precisos.

NASA divulga imagem de colisão entre galáxias

O telescópio Hubble conseguiu captar o incrível encontro entre as duas gigantes formações.
Fonte da imagem: Reprodução/NASA NASA divulga imagem de colisão entre galáxias

Responda rápido: o que é uma galáxia? É onde está o nosso planeta, certo? A “nossa” é a Via Láctea, que abriga também outros planetas, luas, sol, poeira cósmica e toda a imensidão inimaginável da qual fazemos parte. A questão é: não existe apenas uma galáxia. Existem várias, com seus planetas e sistemas, vagando por aí no que conhecemos por Universo, que é o condomínio onde vivem todas as galáxias.

Da mesma forma que aqui, na pequenez da sua cidade (quando comparada com o Universo), de vez em quando acontece alguma colisão entre dois veículos, por exemplo, causando certo estrago, galáxias também se encontram e, logicamente, não conseguem ocupar o mesmo espaço.

Imagine como seria uma colisão entre duas estruturas tão imensas. É muito difícil formar esse tipo de imagem, a não ser que você tenha um quê de Douglas Adams ou George Lucas. Felizmente, estamos em 2013 e a tecnologia disponível já nos permite ter acesso a esse tipo de acontecimento.

Pássaro celestial

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

A NASA divulgou, recentemente, a imagem do exato momento em que duas galáxias se encontraram, formando esse cenário luminoso e nada catastrófico, como se poderia imaginar – afinal, são estrelas explodindo.

Graças ao supertelescópio espacial Hubble, podemos observar o que a própria agência espacial descreveu como um “perfil de um pássaro celestial”. Essa formação bonita recebeu o nome – não tão bonito assim – de Arp 142, sendo que as duas galáxias envolvidas são a NGC 2936 (localizada, abaixo, à esquerda) e a NGC 2937.

Esse formato meio deformado, visto na imagem, se deu pela interação entre as estrelas das duas galáxias, que ficaram “bagunçadas” devido a influências marítimas gravitacionais. Isso sem falar nos gases e poeiras da NGC 2936 que se comprimiram durante o encontro, o que engatilhou a formação de novas estrelas.

Na imagem, para que você entenda melhor, as estrelas se formando são esses nós azulados. Já a coloração vermelha indica a presença de estrelas antigas se transformando em gás e poeira. E aí, o que você achou dessa imagem?

NASA cria imagem de 160 megapixels de galáxias próximas à Terra

Fonte da imagem: Divulgação/Nasa NASA cria imagem de 160 megapixels de galáxias próximas à Terra

Usando o satélite Swift da NASA, astrofísicos do Goddard Space Flight Center da Pennsylvania State University criaram uma imagem impressionante que capta as duas galáxias mais próximas da Terra. O resultado é uma fotografia com resolução de 160 megapixels, resultado da combinação de uma série de imagens combinadas entre si.

Através da renderização das imagens captadas no aspecto ultravioleta da luz, os cientistas envolvidos na iniciativa conseguiram estudar detalhes que não podem ser detectados normalmente. Entre os pontos que puderam ser estudados com maior profundidade estão estrelas individuais que cercam a Nébula Tarântula.

O mosaico gigantesco vai permitir uma maior compreensão dos ciclos pelos quais uma estrela passa entre seu nascimento e sua morte. Caso você esteja interessado no projeto, é possível realizar o download da fotografia no formato TIFF — porém, fique atento ao fato de que o arquivo ocupa um espaço de nada menos que 457 MB e pode demorar um tempo considerável para ser aberto.

Via Tecmundo

Telescópio Hubble descobre a galáxia mais distante já observada

A galáxia fica a 13,3 bilhões de anos-luz da Terra e já é considerada como sendo o objeto mais distante já observado no Universo.

Em destaque, a galáxia MACS0647-JD, a mais distante já vista pelo ser humano (Fonte da imagem: HubbleSite)

O telescópio Hubble acaba de descobrir o objeto mais distante do universo: a galáxia MACS0647-JD, que está a 13,3 bilhões de anos-luz da Terra e só pode ser vista com a ajuda de lentes muito potentes. O objeto celeste está tão longe que o Hubble não conseguiu sequer observá-lo diretamente. Para realizar a tarefa, foram necessárias ampliações da imagem e a utilização de 17 filtros diferentes, sendo que a MACS0647-JD apareceu apenas em dois dos filtros mais vermelhos do telescópio.

De acordo com Dan Coe, do Space Telescope Science Institute, isso significa que a “MACS0647-JD é um objeto muito vermelho, que brilha somente em comprimentos de ondas vermelhos, ou que está extremamente longe” e sua luz, alterada pelo efeito de desvio para o vermelho, acaba chegando até nós dessa forma. Coe também não descarta uma combinação das duas hipóteses.

Ainda se sabe muito pouco sobre a natureza da MACS0647-JD, mas os cientistas já podem adiantar alguns fatos sobre ela. Para começar, essa é uma galáxia muito pequena, com “apenas” 600 anos-luz de diâmetro, uma medida irrisória se levarmos em conta que a Via Láctea tem cerca de 150 mil anos–luz de diâmetro. Isso indica, por exemplo, que a MACS0647-JD é, ou foi, uma proto-galáxia — ou seja, ela pode ter sido um pequeno grupo de estrelas que se formou logo depois do Big Bang e que, eventualmente, se uniu com outros aglomerados para formar uma galáxia como a que conhecemos hoje.

NASA descobre milhões de novos buracos-negros e milhares de galáxias

Imagens registradas permitirão que os astrônomos estudem melhor o universo.

Imagem mostra uma coleção de candidatos a buracos-negros supermassivos (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
A missão WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer), da agência espacial americana NASA, escaneou o céu duas vezes com luz infravermelha, capturando milhares de imagens e completando sua pesquisa no início de 2011. O resultado de todo esse processo pode ser conferido publicamente por diversos astrônomos — que, a partir delas, podem encontrar descobertas importantes.

A NASA já adiantou que, pelas imagens obtidas, é possível afirmar que a WISE conseguiu revelar milhões de possíveis buracos-negros supermassivos, além de mais de mil objetos que podem ser apontados como as galáxias mais brilhantes já encontradas — elas são apelidadas de “hot DOGs”, pois “queimam” visualmente com luz infravermelha.

Segundo os cientistas da NASA, a missão WISE expôs uma mistura variada de objetos escondidos no espaço. Como exemplo, a agência encontrou um asteroide “dançando” na frente da órbita terrestre e galáxias que estavam se escondendo atrás de capas de poeira.

Com as novas descobertas, os astrônomos poderão compreender melhor o funcionamento das galáxias e dos buracos-negros. Uma das novas descobertas já encontradas consiste em dados sobre o Sagittarius A* — um buraco-negro que está localizado no centro de nossa galáxia. Aparentemente, ele possui uma massa quatro milhões de vezes maior que a do Sol.

Fonte: NASA

Quer escapar da Via Láctea? Então você precisa alcançar 1,9 milhões de km/h

Cientistas fazem cálculos complexos e chegam à conclusão da velocidade necessária para conseguir fugir da nossa galáxia
Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock Quer escapar da Via Láctea? Então você precisa alcançar 1,9 milhões de km/h

Está cansado da Via Láctea? Não aguenta mais acompanhar a rotação da Terra, o ciclo da Lua e a atividade do Sol? Viver em uma outra galáxia parece uma proposta interessante para você? Então se prepare para acelerar as coisas, literalmente.

Tilmann Piffl e sua equipe de cientistas do Leibniz Institute for Astrophysics em Potsdam, na Alemanha, descobriram que é preciso alcançar a impressionante velocidade de 1,9 milhões de quilômetros por hora para escapulir da Via Láctea.

Um pouco de matemática

Para chegar nesse número estrondoso, os pesquisadores utilizaram dados do levantamento Radial Velocity Experiment (RAVE) e descobriram a velocidade de saída necessária para deixar a nossa galáxia. Ao analisar o movimento de 90 estrelas de alta velocidade e lançar mão de uma série de modelos teóricos complexos para calcular a massa da galáxia, a equipe chegou à velocidade em que os objetos seriam capazes de sair da Via Láctea.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Os resultados encontrados sugerem que uma aeronave precisaria alcançar a marca de 537 quilômetros por segundo – número que equivale a 1,9 milhões de quilômetros por hora e corresponde a 0,2% da velocidade da luz – caso quisesse escapar da força gravitacional da galáxia. Em termos de comparação, vale notar que um foguete precisa acelerar a 11,2 quilômetros por segundo apenas para conseguir sair da gravidade da Terra.

Mas se você acha que não vai conseguir alcançar a uma velocidade tão alta, o pesquisador Joss Bland-Hawthorn, da Universidade de Sidney, na Austrália, propõe outra solução para você sair da galáxia. O cientista acredita que um sistema de propulsão alimentado pela energia liberada a partir da combinação de matéria e antimatéria daria conta do recado. O único desafio seria criar e armazenar grandes quantidades de antimatéria, já que ela não existe no nosso planeta.