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5 tipos singulares de buracos negros que existem no Universo

Confira a seguir alguns dos objetos cósmicos mais inusitados de que se tem notícia
Fonte da imagem: NASA 5 tipos singulares de buracos negros que existem no Universo

Aqui você pode encontrar diversas matérias sobre os buracos negros que, basicamente, são espécies de monstros cósmicos cuja gravidade é tão — tão — absurdamente forte que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar deles.

Segundo o site Space, esses objetos exóticos geralmente se encontram no coração das galáxias que eles habitam, e podem apresentar uma vasta variedade de formas e tamanhos. Assim, caro leitor, que tal conhecer cinco dos mais singulares?

1 – Supermassivos

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Os cientistas acreditam que no centro de quase todas as galáxias existam buracos negros gigantes com massas milhões — e até bilhões — de vezes superiores à do nosso Sol. Exemplos desses monstros supermassivos são os que se encontram nos centros das galáxias NGC 3842 e NGC 4889, localizadas a 320 e 335 milhões de anos-luz de nós, respectivamente.

Os “trogloditas” cósmicos que existem por lá contam com massas mais de 9,5 bilhões de vezes superiores à do Sol, e seus horizontes de eventos — o ponto do qual não é mais possível escapar das garras dos buracos negros — têm uma distância equivalente a aproximadamente cinco vezes a distância entre o Sol e Plutão!

Só para que você tenha uma base para comparação, o buraco negro que se encontra no centro da Via Láctea é 2,5 mil vezes menor do que os descritos acima, e seu horizonte de eventos tem uma distância equivalente a 1/5 da órbita de Mercúrio.

2 – Supercompacto

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

E já que estamos falando de buracos negros supermassivos, por que não mencionar o menor objeto de que se tem notícia? Chamado IGR J17091-3624, trata-se de um “buraquinho” com menos de três vezes a massa do nosso Sol, ou seja, teoricamente ele conta com a mínima massa necessária para ser estável.

No entanto, isso não significa que este objeto supercompacto não seja assustador! Com ventos que podem alcançar 32 milhões de quilômetros por hora, o IGR J17091-3624 é 10 mais rápido do que qualquer outro buraco negro de massa estelar já observado.

3 – Superantigo

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

O buraco negro mais antigo já descoberto se chama ULAS J1120+0641 e se formou cerca de 770 milhões de anos depois do Big Bang — evento que deu origem ao Universo e que os cientistas acreditam ter ocorrido há 13,7 bilhões de anos. Este objeto é considerado um enigma para os pesquisadores, já que eles não conseguem entender como um buraco negro com 2 bilhões de vezes a massa do nosso Sol pode ter se formado tão cedo após à grande explosão.

4 – Superesfomeados

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Se os buracos negros são capazes de “engolir” tudo o que se aproxime deles, inclusive a luz, isso significa que eles também são capazes de devorar outros buracos negros. E não é que recentemente cientistas flagraram um desses canibais em ação! O banquete ocorreu em uma galáxia chamada NGC3393, envolvendo dois objetos, um com aproximadamente 30 milhões de vezes a massa do Sol, e outro com cerca de 1 milhão vezes a massa da nossa estrela.

5 – Errantes

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Quando ocorrem colisões entre galáxias, é possível que buracos negros sejam empurrados para fora delas, passando a vagar livremente pelo Universo. O primeiro objeto desse tipo a ser descoberto pelos cientistas foi batizado de SDSSJ0927+2943 e provavelmente conta com uma massa 600 milhões de vezes maior do que a do nosso Sol.

Os astrônomos também acreditam que esse buraco negro se desloque com uma velocidade de 9,5 milhões de quilômetros por hora, então é melhor torcer para que ele não resolva “vagar” aqui pelos lados do nosso Sistema Solar!

Stephen Hawking diz que conceito sobre buracos negros pode estar errado

Físico apresenta nova teoria para solucionar paradoxo relacionado a essas regiões do espaço

Fonte da imagem: Buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea – NASA Stephen Hawking diz que conceito sobre buracos negros pode estar errado

Os buracos negros, de acordo com o conceito moderno desenvolvido pela Física, são regiões do espaço com densidade inimaginável nas quais a gravidade é tão absurdamente forte que nada, nem mesmo a luz, pode escapar de ser engolida por eles. Um dos físicos que ajudou a desenvolver esse conceito foi Stephen Hawking e, de acordo com o próprio britânico, essa noção pode estar ligeiramente equivocada.

Para Hawking, os buracos negros — como os concebemos atualmente — não existem. Segundo o físico, o problema com o conceito atual é a noção estabelecida pelas teorias clássicas do chamado “horizonte de eventos”, ou seja, uma fronteira bem definida que determina até onde qualquer coisa pode se aproximar de um buraco negro sem ser irremediavelmente engolida por ele para nunca mais escapar.

Relatividade x Física quântica

No entanto, os princípios da Física quântica contradizem essa ideia, sugerindo que a matéria e a energia tragadas pelos buracos negros não ficam aprisionadas em seu interior indefinidamente. Assim, para explicar esse paradoxo, Hawking propõe um “horizonte aparente” — com fronteiras bem menos definidas — no lugar de um horizonte de eventos, que flutuaria conforme os efeitos quânticos.

Além disso, segundo a nova teoria, os buracos negros não deveriam ser compreendidos como buracos da morte. Hawking sugere que os buracos negros sejam entendidos como locais nos quais a matéria e a energia são engolidas e transformadas, sendo então devolvidas ao universo de maneira diferente.

Segundo a nova teoria — caso fosse possível comprová-la —, se um astronauta caísse acidentalmente em um buraco negro, por exemplo, em vez de seu corpo queimar imediatamente em uma barreira de intensa radiação, conforme sugere a Física quântica ou, ainda, ser esmagado completamente no interior do buraco, nenhum dos dois cenários aconteceria. A falta de um horizonte de eventos soluciona o paradoxo, eliminando a barreira de radiação.

Como esperado, a proposta de Hawking — que nem foi publicada ainda — já está dando o que falar. Para muitos físicos, a ideia de que não existam pontos dos quais não é mais possível escapar de um buraco negro é, de certa forma, ainda mais problemática e desafiadora do que explicar a natureza dessas regiões do espaço conforme os conceitos atuais que se têm deles. Portanto, podemos esperar por mais debates assim que o estudo de Hawking for publicado.

NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

Restos de supernova localizados a 26 mil anos-luz da Terra atraem a atenção de astrônomos interessados na formação de buracos negros.

Fonte da imagem: NASA NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

A agência espacial norte-americana anunciou, recentemente, que pode ter encontrado o buraco negro mais jovem da Via Láctea. Apesar de os pesquisadores ainda não estarem completamente certos da descoberta, há grandes chances de que ela venha trazer um pouco mais de luz aos estudos sobre a formação de buracos negros.

De acordo com a NASA, essa é uma descoberta atípica já pelo fato de que os restos da supernova estão sendo ejetados muito mais rapidamente do que o normal. Isso, por si só, já torna a W49B uma descoberta inédita.

Usando o telescópio espacial Chandra, os pesquisadores perceberam que essa supernova é bastante assimétrica e que apenas metade da matéria que compõe seus restos possui concentrações de ferro, enxofre e silício. Esse tipo de explosão é conhecido como supernova bipolar e, até então, não havia sido encontrado em nossa galáxia.

Normalmente, esse tipo de supernova acaba gerando uma estrela de nêutron em seu núcleo. Mas, ao procurar esse tipo de formação, a equipe de pesquisadores ficou surpresa ao descobrir que não havia qualquer coisa no centro da supernova, o que leva a crer que, em vez de uma estrela, um buraco negro acabou se formando. Se esse for mesmo o caso, os astrônomos terão a oportunidade rara de estudar a criação de um buraco negro por uma supernova no “quintal” do nosso planeta.

E se um buraco negro passasse pelo nosso Sistema Solar?

No caso de um evento como esse, provavelmente seríamos engolidos como água caindo por um ralo.

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Os buracos negros formam uma região do Universo onde a matéria se encontra em um estado tão superconcentrado e denso que a sua força da gravidade é tão poderosa que tudo — absolutamente tudo — é sugado para o seu interior. Nada pode fugir de sua atração gravitacional, nem mesmo a luz ou qualquer radiação, pois elas não têm velocidade suficiente para fugir dessa força extrema.

E o que aconteceria se algo tão poderoso passasse pelo nosso Sistema Solar? Coisas muito ruins, com certeza! Para começar, só nos daríamos conta de sua aproximação quando os planetas que se encontram mais distantes do Sol começassem a apresentar variações em suas órbitas. Júpiter, o planeta mais massivo do nosso sistema, seria capturado pela força gravitacional do buraco negro, que o consumiria pouco a pouco, sugando todo o seu gás.

Catástrofes

Todo esse material — extremamente quente — formaria um disco luminoso que giraria ao redor do buraco negro, permitindo que se tornasse visível. Conforme fosse se aproximando da Terra, os efeitos gravitacionais do buraco negro provavelmente desencadeariam terremotos e erupções vulcânicas sem precedentes, além de alterar a nossa órbita e fazer com que o nosso planeta se aproximasse ou se afastasse do Sol.

Ao passar por nós, as mudanças geológicas devido às forças de maré teriam sido tão extremas que toda a superfície ficaria recoberta por magma, destruindo todas as formas de vida do planeta. E, como o Sol é o astro mais massivo do nosso sistema, ele e o buraco negro se atrairiam fortemente, graças às suas forças gravitacionais, sendo que todos os gases da nossa estrela seriam sugados pelo buraco.

Por fim, o buraco negro engoliria todo o Sistema Solar, que seria sugado na forma de um redemoinho espiralado, indo parar em seu centro como se fosse água caindo por um ralo! Mas não se preocupe. Todas as galáxias contam com um buraco negro supermassivo em seu centro e é muito — muito — pouco provável que eles decidam sair de passeio por aí, devorando sistemas solares pelo caminho.

Fontes: Ask a Mathematician e NASA

NASA descobre milhões de novos buracos-negros e milhares de galáxias

Imagens registradas permitirão que os astrônomos estudem melhor o universo.

Imagem mostra uma coleção de candidatos a buracos-negros supermassivos (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
A missão WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer), da agência espacial americana NASA, escaneou o céu duas vezes com luz infravermelha, capturando milhares de imagens e completando sua pesquisa no início de 2011. O resultado de todo esse processo pode ser conferido publicamente por diversos astrônomos — que, a partir delas, podem encontrar descobertas importantes.

A NASA já adiantou que, pelas imagens obtidas, é possível afirmar que a WISE conseguiu revelar milhões de possíveis buracos-negros supermassivos, além de mais de mil objetos que podem ser apontados como as galáxias mais brilhantes já encontradas — elas são apelidadas de “hot DOGs”, pois “queimam” visualmente com luz infravermelha.

Segundo os cientistas da NASA, a missão WISE expôs uma mistura variada de objetos escondidos no espaço. Como exemplo, a agência encontrou um asteroide “dançando” na frente da órbita terrestre e galáxias que estavam se escondendo atrás de capas de poeira.

Com as novas descobertas, os astrônomos poderão compreender melhor o funcionamento das galáxias e dos buracos-negros. Uma das novas descobertas já encontradas consiste em dados sobre o Sagittarius A* — um buraco-negro que está localizado no centro de nossa galáxia. Aparentemente, ele possui uma massa quatro milhões de vezes maior que a do Sol.

Fonte: NASA

Buraco negro deve engolir nuvem de gás gigante em 2013

Evento ocorrerá na nossa galáxia e oferece oportunidade única de observar o comportamento de buracos negros supermassivos.
De acordo com um estudo realizado pelo Observatório Europeu do Sul, uma nuvem gigante de gás deve ser engolida pelo buraco negro presente no centro da nossa galáxia em 2013. Segundo a pesquisa, se trata de uma oportunidade única para que os cientistas possam observar em tempo real como um buraco negro gigantesco devora matéria.

O gigante, conhecido como Sagittarius A, vem sendo estudado e observado por astrofísicos há décadas, e o fato de que uma nuvem de gás passe a apenas 36 horas-luz — ou 40 bilhões de quilômetros, algo muito próximo em termos astronômicos — é algo de grande interesse para a comunidade científica.

Colisão na nossa vizinhança

De acordo com Reinhard Genzel, líder da equipe do observatório, a velocidade da nuvem — que conta com uma massa 3 vezes maior do que a da Terra — dobrou durante os últimos 7 anos, sendo atualmente estimada em 8 milhões de quilômetros por hora. Ninguém sabe ao certo como será a colisão, mas as extremidades da nuvem já começaram a se desintegrar e se espera que a nuvem se rompa completamente durante os próximos meses.

Assim, de acordo com a simulação criada pelo observatório (e que você pode ver acima), conforme se aproxime do momento da colisão, a nuvem se tornará extremamente quente, o que a levará a emitir raios X como resultado da interação com o buraco negro.

Este é um evento inédito que dará aos cientistas a possibilidade de observar como a matéria se comporta próxima a um buraco negro. Além disso, embora se acredite que existam buracos negros supermassivos no centro de todas as galáxias, suas origens ainda não são completamente claras. A colisão do ano que vem pode oferecer novas informações sobre esses misteriosos gigantes.

Fontes: Observatório Europeu do Sul, European Research Media Center e Universe Today

Você sabe quanto pesa um superburaco negro?

Cientistas estimam que o maior buraco negro do universo teria uma massa equivalente a 50 bilhões de sóis.

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Considerando o que se sabe até agora, os maiores corpos que existem no universo são os buracos negros. E, de acordo com o site New Scientist, cientistas do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, e do Observatório Europeu do Sul, no Chile, calcularam qual seria a massa máxima de um desses monstros.

Os buracos negros se formam em regiões do espaço nas quais a matéria se tornou tão densa e comprimida pela sua própria gravidade que acabou implodindo para dentro de si mesma. Como não sabemos o que existe dentro deles — nem para onde eles nos levariam —, as leis da Física como as conhecemos simplesmente não podem ser aplicadas aos buracos negros.

Essa imensa quantidade de matéria, maciça e altamente compacta, cria um fortíssimo campo gravitacional, dando a essas regiões o poder de “devorar” qualquer coisa que passe por ali, inclusive a luz. É também essa força que mantém as estrelas e os planetas existentes nas galáxias ancorados, e se especula que os buracos negros poderiam ser passagens de matéria de um lugar para outro do universo ou, inclusive, para um universo paralelo.

Mas qual seria a massa máxima que um buraco negro poderia alcançar?

(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

Segundo os cientistas, no centro de praticamente todas as grandes galáxias existe um buraco negro supergigante — e o maior deles, cuja massa já foi estimada, encontra-se na galáxia Messier 87, pesando o equivalente a 3 bilhões de sóis.

Entretanto, apesar de devorarem tudo o que passa perto deles, os pesquisadores acreditam que existe um limite máximo de massa que um buraco negro pode apresentar. Com base nas informações sobre os buracos negros galácticos existentes em cada estágio da expansão do universo, os cientistas concluíram que a distribuição de massa encontrada hoje só poderia ser explicada caso existisse um limite no volume que um buraco negro poderia alcançar.

Assim, segundo as estimativas, a maior massa que um desses “espaços” poderia chegar a ter seria 50 bilhões de vezes a massa do nosso Sol, ou seja, 100 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 quilos!

Embora o cálculo possivelmente apresente erros — afinal, os cientistas devem se basear quase que totalmente em dados teóricos —, o resultado seria o mesmo que dizer que, em vez de “supergigante”, um buraco negro é “megamonstruoso”.

Fontes: CfA, The Daily Galaxy e New Scientist