Continente perdido pode ter sido descoberto no fundo do Oceano Índico

Pesquisadores encontram evidências de uma massa de terra pré-histórica que existiu há vários milhões de anos no nosso planeta.
Fonte da imagem: pixabay Continente perdido pode ter sido descoberto no fundo do Oceano Índico

De acordo com a BBC, um grupo de pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, encontrou evidências sobre um continente perdido que existiu entre 2 bilhões e 85 milhões de anos atrás. Hoje ele se encontra no fundo do Oceano Índico — e não pense que se trata de Atlantis! Na verdade, os cientistas parecem ter encontrado provas que confirmam a existência do microcontinente pré-histórico conhecido como Mauritia.

Segundo a publicação, há 750 milhões de anos existia no nosso planeta uma única massa de terra que formava um vasto supercontinente chamado de Rodínia. Assim, antes da separação que eventualmente deu origem aos continentes atuais, a ilha de Madagascar e a Índia se encontravam juntas.

Os pesquisadores encontraram indícios da existência do microcontinente pré-histórico entre essas duas massas de terra, provavelmente formado pela fragmentação de uma parte da Ilha de Madagascar quando esta se separou da Índia — mas que acabou sendo engolida pelo mar devido ao deslocamento das massas continentais, entre 83,5 e 61 milhões de anos atrás.

Grãos de areia pré-históricos

 

Fonte da imagem: Reprodução/BBC

A conclusão sobre a descoberta ocorreu depois que os pesquisadores encontraram nas areias das Ilhas Maurício grãos de zircão — mineral pertencente ao grupo do neossilicatos — formados entre 2 bilhões e 600 milhões de anos atrás, que provavelmente foram trazidos à superfície durante alguma erupção vulcânica. Conforme explicaram, esse tipo de material coincide com o que normalmente é encontrado nas crostas continentais.

Para os cientistas, esses grãos são remanescentes de uma antiga massa de terra, que hoje está enterrada a cerca de 10 quilômetros sob as Ilhas Maurício. Além disso, apesar de o microcontinente ter desaparecido conforme a Índia foi se separando de Madagascar, os pesquisadores acreditam que uma pequena parcela possa ter sobrevivido.

Segundo os pesquisadores, as Ilhas Seychelles são um “pedaço” de granito — ou crosta continental — localizado praticamente no meio do Oceano Índico. Contudo, no passado, essa massa se localizava ao norte de Madagascar e, assim como esses fragmentos continentais, existem muitas outras espalhadas pelo oceano. Para poder averiguar o que realmente resta desse antigo microcontinente, serão necessários mais estudos.

NASA divulga imagem de Mercúrio como você nunca viu

Novo mapa do menor e mais próximo planeta ao Sol revela um belo mosaico de cores.
Fonte da imagem: NASA NASA divulga imagem de Mercúrio como você nunca viu

Se você pensava que Mercúrio — o planeta que, além der ser o menor do Sistema Solar, é o que fica mais próximo ao Sol — não passava de um corpo celeste cinza e sem graça, dê uma espiada na imagem acima, divulgada pela NASA. De acordo com a BBC, trata-se de um mapa colorido do planeta, criado a partir de milhares de imagens capturadas pela sonda espacial Messenger durante o seu primeiro ano em órbita ao redor de Mercúrio.

Segundo a publicação, a câmera da sonda conta com filtros especiais que vão do azul até quase o infravermelho e, através do processamento dessas imagens por computador, os cientistas são capazes de acentuar as diferenças de cor — muito sutis mas reais — presentes na superfície de Mercúrio. Assim, o mapa traz uma representação exagerada do planeta, com o objetivo de destacar as variações existentes na composição de suas rochas.

Superfície colorida

Fonte da imagem: Reprodução/NASA

Conforme explicaram os cientistas da NASA, as áreas com tons alaranjados representam planícies vulcânicas, e os tons de azul mais profundo são áreas ricas em um mineral opaco de composição ainda desconhecida. Já os tons de azul mais claro e branco mostram crateras formadas mais recentemente, e a grande área circular que aparece na região superior central é uma bacia conhecida como Caloris que, na verdade, é uma enorme cratera de impacto.

Até o momento, a missão da Messenger foi um verdadeiro sucesso, relevando inúmeras surpresas sobre Mercúrio. Entre elas, estão a rica história vulcânica do planeta, assim como uma abundante presença de potássio e enxofre na superfície, dois elementos voláteis que não deveriam existir em grande quantidade devido à proximidade de Mercúrio com o Sol. Aliás, essa presença poderia explicar a existência das planícies repletas de minerais opacos.

Além disso, os pesquisadores também descobriram que o planeta apresenta gelo no interior de algumas crateras, e que Mercúrio possui calotas polares, algo que ninguém jamais pensou ser possível.

NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

Restos de supernova localizados a 26 mil anos-luz da Terra atraem a atenção de astrônomos interessados na formação de buracos negros.

Fonte da imagem: NASA NASA pode ter descoberto o mais novo buraco negro da Via Láctea

A agência espacial norte-americana anunciou, recentemente, que pode ter encontrado o buraco negro mais jovem da Via Láctea. Apesar de os pesquisadores ainda não estarem completamente certos da descoberta, há grandes chances de que ela venha trazer um pouco mais de luz aos estudos sobre a formação de buracos negros.

De acordo com a NASA, essa é uma descoberta atípica já pelo fato de que os restos da supernova estão sendo ejetados muito mais rapidamente do que o normal. Isso, por si só, já torna a W49B uma descoberta inédita.

Usando o telescópio espacial Chandra, os pesquisadores perceberam que essa supernova é bastante assimétrica e que apenas metade da matéria que compõe seus restos possui concentrações de ferro, enxofre e silício. Esse tipo de explosão é conhecido como supernova bipolar e, até então, não havia sido encontrado em nossa galáxia.

Normalmente, esse tipo de supernova acaba gerando uma estrela de nêutron em seu núcleo. Mas, ao procurar esse tipo de formação, a equipe de pesquisadores ficou surpresa ao descobrir que não havia qualquer coisa no centro da supernova, o que leva a crer que, em vez de uma estrela, um buraco negro acabou se formando. Se esse for mesmo o caso, os astrônomos terão a oportunidade rara de estudar a criação de um buraco negro por uma supernova no “quintal” do nosso planeta.

Os 10 maiores mistérios sobre o Universo

Conheça as principais dúvidas sobre o Universo que ainda intrigam os astrônomos e permanecem sem respostas.
Fonte da imagem: Reprodução/Pixabay Os 10 maiores mistérios sobre o Universo

O Universo em toda a sua extensão oferece um vasto campo de estudo e especulação para astrônomos e cientistas. E quanto mais a ciência avança e novas descobertas são feitas, mais perguntas surgem sobre o funcionamento do Espaço, sobre a nossa própria origem e até mesmo sobre as possibilidades do Universo chegar ao fim.

Alguns dos mistérios que intrigam os pesquisadores envolvem fenômenos que fogem da compreensão e que levantam dúvidas sobre as razões de suas peculiaridades. É o caso da galáxia em formato retangular e do campo magnético em parte da crosta lunar. Descubra as dez principais perguntas sobre o Universo que ainda tiram o sono de muitos astrônomos e cientistas nos dias de hoje.

1. O que é a matéria escura?

No modelo cosmológico aceito pela comunidade científica, o Universo é composto por energias e partículas que interferem na gravidade, expansão e aceleração do espaço. Acredita-se que 73% da densidade se constitui de energia escura, que teria o efeito de pressão negativa sobre o Universo; e 23% de matéria escura, que hipoteticamente tem efeitos gravitacionais em matérias visíveis.

Por ser completamente invisível para telescópios e por não emitir luz nem radiação eletromagnética, a matéria escura é extremamente difícil de ser estudada. Os cientistas especulam que ela seja composta de partículas subatômicas diferentes daquelas das matérias visíveis, mas seu efeito gravitacional é perceptível nos movimentos de galáxias e estrelas.

Um dos principais recursos para o estudo da matéria escura é o projeto AMS (Alpha Magnetic Spectrometer) na Estação Espacial Internacional, que coleta dados sobre o fluxo de raios cósmicos na órbita da Terra. Leia mais aqui sobre essa pesquisa científica.

2. O magnetismo nas crateras da Lua

Um dos maiores mistérios da Lua, assim como a sua origem e formação, é a presença de campos altamente magnetizados na superfície, mas apenas em algumas partes da crosta e não em sua totalidade. A região da bacia do Polo Sul-Aitken, onde se encontra a maior cratera na superfície da Lua, apresenta também a maior concentração de magnetismo do satélite e tem despertado a atenção dos cientistas.

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian.com

Acredita-se que essa grande cratera foi formada pelo impacto de um asteroide de 200 quilômetros de extensão, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Esse asteroide pode ter deixado uma quantidade enorme de alguma forma de ferro, que se espalhou de maneira irregular pela crosta lunar, produzindo essas anomalias magnéticas ainda hoje detectadas.

Os cientistas especulam também se a Lua tinha algum tipo de campo eletromagnético depois da sua formação, que estaria presente inclusive no evento do grande impacto do asteroide, mas que foi desaparecendo ao longo do tempo. Simulações por computador indicam que o campo lunar de fato existiu e que o magnetismo encontrado em regiões da superfície faz parte tanto de materiais do espaço quanto de restos do campo eletromagnético que ainda resistem no satélite.

3. A galáxia retangular

A galáxia anã LEDA 074886, detectada em 2012, está localizada a 70 milhões de anos-luz, mas mesmo à longa distância ela chama a atenção pelo seu aspecto retangular. As galáxias em geral têm formato oval, como discos, elipses tridimensionais, às vezes até com curvaturas irregulares, mas essa nova galáxia tem uma aparência bastante peculiar, com cantos mais definidos.

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian.com

De acordo com algumas especulações, o aspecto retangular pode ser resultado da colisão de duas galáxias em formato espiral. A LEDA 074886 pode ser vista como um retângulo ou até mesmo se assemelhando a um diamante, mas apresenta um disco de orientação circular no centro. Acredita-se que a galáxia deve perder seus cantos duros ao longo de bilhões de anos.

4. O problema de lítio

O lítio é um dos elementos, junto com o hélio e o hidrogênio, que deveria ser abundante no Universo por estar diretamente ligado aos processos de síntese nuclear. Porém, a observação de estrelas antigas, formadas de material similar àquele que produziu o Big Bang, revelou uma quantidade de lítio muito inferior do que previam os modelos teóricos. A pouca quantidade do elemento nas estrelas ficou conhecida no meio científico como “problema de lítio”.

Novas pesquisas indicam que parte desse lítio pode estar misturada ao centro das estrelas, fora da vista de telescópios. Ao mesmo tempo, no campo teórico, pesquisadores sugerem que áxions, partículas subatômicas hipotéticas, podem ter absorvido prótons e reduzido a quantidade de lítio criada logo após o Big Bang.

5. A reciclagem do Universo

Nos anos mais recentes, os astrônomos notaram que as galáxias formam novas estrelas a uma taxa que parece consumir mais matéria do que elas pareciam ter. Um novo estudo com galáxias distantes pode ter encontrado a resposta a este mistério. As galáxias parecem atrair de volta para o seu centro um gás que elas mesmo produzem, o que pode resolver a questão da origem da matéria bruta na formação de novas estrelas.

6. As bolhas de radiação no centro da Via Láctea

O telescópio Fermi, capaz de detectar raios gama no espaço, registrou em 2010 gigantescas bolhas de radiação que emanam em direções opostas a partir do centro da Via Láctea. Essas estruturas se estendem a 20 mil anos-luz para cima e para baixo do plano espacial.

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian.com

Os cientistas têm especulado que essa radiação pode ser resultado do choque de estrelas sendo consumidas pelo enorme buraco negro do centro da galáxia.

7. Por que as pulsares pulsam?

As estrelas de nêutrons pulsares têm a particularidade de emitir radiação eletromagnética em intervalos regulares, como o feixe de luz em rotação de um farol. Apesar de a primeira pulsar ter descoberta em 1967, os cientistas ainda tentam decifrar as causas dos pulsos de energia. Observou-se que correntes magnéticas influenciam no desalinhamento dos polos e na emissão de radiação, mas ainda não há explicação para a flutuação magnética que movimenta as pulsares.

8. Estamos sozinhos?

A pergunta que não quer calar: será que estamos sozinhos no Universo? Em 1961, o astrofísico Frank Drake postulou uma equação polêmica sugerindo que, levando em conta diversos fatores, a probabilidade de existir vida em outro lugar é extremamente alta. Drake contabilizou a formação de novas estrelas, a quantidade de estrelas com planetas, a combinação de condições para a existência de vida, entre outras especificações. Ainda não encontramos vida em nenhum canto da galáxia, mas isso não significa que devemos perder as esperanças.

9. O fim do Universo

Os teóricos acreditam que o Universo começou com o Big Bang, mas há muitas dúvidas ainda de como ele vai acabar. Não é possível saber se o Universo continuará se expandindo até o ponto da desagregação de toda a matéria, o Big Rip, ou se a expansão irá cessar e o plano espacial entrar em processo de condensação, o chamado Big Crunch.

10. Universos paralelos

Podemos não estar sozinhos e podemos não ser únicos. A teoria de pesquisadores físicos é de que podemos estar em um multiverso, com outros universos paralelos. A especulação sugere pensar o nosso universo como uma bolha, como um globo de neve, e que outros universos alternativos existem dentro de suas próprias bolhas. Apesar de ser um conceito bem próximo de clássicos da ficção científica, astrônomos procuram evidências que indiquem pontos de colisão entre os universos.