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Elza Goersch – 2º Ano – Guerra Fria

Material auxiliar para prova global do 2º Ano (1º período)

 

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Guerra Fria

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Páginas correspondentes no livro didático: 29 a 47

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Elza Goersch – 2º Ano – Mundo entre Guerras

Material para prova parcial do 2º Ano (1º período).

Mundo entre Guerras

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Páginas correspondentes no livro didático: 11 a 28

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EUA e Cuba: estancando sangrias

BARACK OBAMA PANAMA

O histórico aperto de mãos entre os presidentes Raúl Castro e Barack Obama, na 7ª Cúpula das Américas – a primeira com a participação de Cuba -, deve ser comemorado pelo retorno público do diálogo entre os dois países. A aproximação norte-americana é uma vitória para o valente povo cubano que resiste ao impiedoso embargo econômico de meio século. Mas há muito a analisar sobre o repentino “abraço de urso” da potência estadunidense.

Cuba tem sido um país firme no embate que as nações latinas têm travado ao longo da História contra a tentativa de unilateralidade imposta pelos Estados Unidos. A ilha governada por Raúl Castro sofre com as consequências econômicas do embargo, além de constantes ataques publicitários anti-socialismo por parte dos governos americanos. Apesar disso, conseguiu sobressair-se em sua realidade, mantendo políticas públicas de referência internacional em saúde e educação, por exemplo.

A vitória de Cuba também se dá com a ajuda internacional, que envolveu nos últimos anos mais de 40 mil entidades de apoio ao país, inclusive no Brasil, junto dos constantes apelos dos chefes de Estado latinos. A mudança de forças econômicas no mundo, rompendo a hegemonia estadunidense, e a entrada de novos mercado competitivos, como a China, também são parte deste desfecho. No mais, cresceu muito no país da América do Norte a opinião pública contra as restrições impostas ao povo cubano.

Neste contexto, a Cúpula das Américas tem muito a saudar, principalmente na força que o presidente Raúl Castro tem demonstrado ao negociar as sanções com o EUA, como a que listava Cuba como país pró-terrorismo. Se de um lado vemos passos na direção de avançar, de outro prossegue o desrespeito à soberania de outros países, em manobras que tem como objetivo a desestabilização de governos progressistas e à esquerda.

Desde março, Obama vem aplicando sanções de altíssima gravidade à Venezuela por meio de seus altos-comissários, como proibição de entrada no país e congelamento de bens. Para a chanceler Delvy Rodríguez, a movimentação dos Estados Unidos representa lentos passos para uma futura intervenção militar, objetivando recursos naturais estratégicos e a estatal petroleira PDVSA.

Na tentativa de desestabilizar o governo de Nicolás Maduro, como já ocorreu em outros países vizinhos, através de arrochos diplomáticos e embates internacionais, o Estados Unidos trilha o caminho que sempre tomou na história da América Latina: o de apunhalar e saquear os países tardiamente em desenvolvimento, fomentando, inclusive, rupturas democráticas. E o Brasil não está longe disto. Independente da concordância ou não com as políticas adotadas por este ou aquele governo é preciso defender a soberania das nações.

Em 2009, ironicamente durante a 5ª Cúpula das Américas, Obama recebeu das mãos de Eduardo Galeano uma de suas obras mais geniais: “As veias abertas da América Latina”. O livro, escrito há 40 anos, expõe com máxima modernidade a exploração imperialista que rendeu à América do Sul um crescimento tardio e abaixo dos níveis internacionais de desenvolvimento humano. Escreveu ele: “… é a América Latina, a região das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, tudo se transformou em capital europeu ou, mais tarde, norte-americano…”.

Para abandonar o subdesenvolvimento histórico, os países da Unasul devem firmar posição resistente à atual influência norte-americana na soberania dos países latinos, com governos eleitos democraticamente, assim como o povo cubano resistiu de forma corajosa por tanto tempo. A verdade é que o “sangramento”, agora na Venezuela, precisa ser estancado o quanto antes.

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Cuba considera ‘justa’ decisão de Obama de tirá-la de lista de terrorismo

Obama informou ao Congresso dos EUA de sua intenção.
Medida faz parte de reaproximação diplomática entre os dois países.
O presidente dos EUA Barack Obama cumprimenta o presidente de Cuba Raul Castro durante encontro na Cúpula das Américas na Cidade do Panamá (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)
O presidente dos EUA Barack Obama cumprimenta o presidente de Cuba Raul Castro durante encontro na Cúpula das Américas na Cidade do Panamá (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)
Cuba anunciou nesta terça-feira (14) que considera “justa” a decisão do presidente Barack Obama de remover a ilha da lista de países patrocinadores de terrorismo. Cuba exigia que a medida ocorresse antes de se avançar no diálogo da reaproximação diplomática com os Estados Unidos, anunciada em dezembro.

“O governo cubano reconheceu a justa decisão feita pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de eliminar Cuba de uma lista em que nunca deveria ter sido incluída, especialmente considerando que nosso país foi vítima de centenas de atos de terrorismo que custou a vida de 3.478 pessoas e feriu 2.099 cidadãos”, diz o comunicado de Josefina Vidal, chefe de assuntos dos EUA do Ministério das Relações Exteriores cubano.

Mais cedo nesta terça a Casa Branca anunciou que Obama enviou ao Congresso norte-americano um informe em que ressalta sua “intenção de remover” Cuba da lista.

Em uma breve carta de apenas quatro parágrafos, Obama disse ao Congresso que poderia provar que “o governo de Cuba não proporcionou apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses”.

Além disso, o presidente indicou na carta que “o governo de Cuba deu garantias de que não vai apoiar atos de terrorismo internacional no futuro.”

O Congresso norte-americano tem um período de 45 dias para decidir se vai bloquear a medida, de acordo com a rede ABC News. Para impedir a retirada de Cuba da lista, senadores e representantes teriam de criar uma lei à prova de veto declarando que Cuba continua uma nação patrocinadora de terrorismo. Segundo a rede ABC News, é improvável que haja votos para que isso ocorra. No entanto, a remoção enfrenta resistência dos republicanos, incluindo legisladores de origem cubana, indica o jornal “The New York Times”.

Em seu comunicado oficial, a Casa Branca indicou que “após análise cuidadosa” da permanência de Cuba nessa lista, “o Departamento de Estado concluiu que Cuba reúne as condições para que seja retirada” da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

“O Departamento de Estado recomendou que o presidente submetesse ao Congresso o relatório e a certificação exigida por lei”, diz a nota.

Cuba é um dos quatro países que os EUA acusam de apoiar o terrorismo globlal. Os outros países na lista são Irã, Sudão e Síria.

O secretário de Estado John Kerry declarou em outra nota que “é hora de retirar a designação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo”.

De acordo com Kerry, “as circunstâncias mudaram desde 1982, quando Cuba foi originalmente designada como Estado patrocinador do terrorismo (…). O nosso continente e o mundo estão muito diferentes hoje”.

Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro dão aperto de mão em encontro na Cúpula das Américas, no Panamá. À direita, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (Foto: Reuters/Presidência do Panamá)
Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro dão aperto de mão em encontro na Cúpula das Américas, no Panamá. À direita, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (Foto: Reuters/Presidência do Panamá)

Passo simbólico
A retirada de Cuba da lista é um importante passo simbólico depois que os dois países anunciaram uma aproximação diplomática em dezembro para colocar fim a 53 anos de inimizade.

“É o primeiro passo em direção a uma normalização concreta e formal das relações”, disse Peter Schechter, especialista em América Latina do centro de estudos Atlantic Council em entrevista à agência AFP.

A inclusão de Cuba na lista envolve uma série de sanções contra a ilha, de acordo com a AFP, tais como uma restrição à qualquer ajuda dos Estados Unidos, mesmo através de organismos internacionais, o comércio de armas e o acesso aos mercados financeiros internacionais.

Cuba colocou a medida como prioridade para reabrir as embaixadas em Washington e Havana. Com isso, os Estados Unidos deixarão de ser “o hóspede não convidado” de todos os debates sobre Cuba e o bode expiatório por excelência dos problemas na ilha, acrescentou Schechter.

Para Arturo López-Levy, acadêmico da Universidade de Denver, se Cuba deixar de ser considerada patrocinadora de terrorismo, as bases das sanções contra a ilha, fundadas por anos na questão da segurança, serão abaladas.”Substitui esta imagem de (Cuba como) ameaça” com outra de “país em transição”, com o qual se deve aumentar o intercâmbio, disse López-Levy à AFP. Segundo ele, a decisão abre caminho para que o presidente revise, em setembro, a classificação de Cuba como “inimigo”, codificada em uma lei desde que os Estados Unidos instauraram o embargo, em 1962.

Encontro histórico
Obama e Raúl Castro realizaram no último sábado (11) um encontro histórico durante a Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, o primeiro entre presidentes dos dois países em mais de meio século, de acordo com jornais internacionais.

Os dois sentaram-se lado a lado em uma pequena sala de conferências, com um clima cordial, mas de negócios. Cada um acenou e sorriu para alguns dos comentários feitos pelo outro, em breves declarações a jornalistas.

O último encontro frente a frente aconteceu entre os presidentes Dwight Eisenhower, dos EUA, e Fulgencio Batista, de Cuba, em 1956, em outra cúpula das Américas no Panamá, antes da revolução cubana, de acordo com o site do jornal “USA Today”. Em 1959, o então vice-presidente dos EUA, Richard Nixon, e Fidel Castro se encontraram, destacou a “CNN”.

Em coletiva de imprensa após o encontro, Obama disse que a conversa com Castro foi “cândida e frutífera” e que o encontro pode ter sido um “divisor de águas” na história entre os dois países. Ele afirmou também que tem o apoio “da maioria” para sua política envolvendo Cuba nos EUA.

“Temos que estar certos de que Cuba não é uma ameaça para os EUA”, disse o presidente norte-americano a jornalistas. “Parte da mensagem aqui é que a Guerra Fria acabou”, completou, afirmando que os EUA não estão no negócio da “mudança de regime”.

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Dilma e Obama na Cúpula das Américas e o encontro que virá

DILMA OBAMA PANAMA

Na Cúpula das Américas 2015, realizada no último final-de-semana, a presidenta Dilma Rousseff teve encontros bilaterais, em paralelo, com diversos líderes estrangeiros. O mais noticiado foi o com o presidente dos EUA, Barack Obama. Uma abordagem ampla da Cúpula será publicada aqui em breve. No encontro bilateral, Dilma e Obama conversaram sobre cooperação nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, defesa, aviação civil, democracia, clima e fontes renováveis de energia. Principalmente, Obama e Dilma anunciaram uma visita de governo, em Washington, no dia 30 de junho.

O foco foi a suposta superação da crise causada pelos escândalos de espionagem dos EUA, incluindo países aliados e seus líderes, como Dilma Rousseff e Angela Merkel. Nos últimos meses, o governo dos EUA tentou recuperar a imagem de suas parcerias e de suas relações exteriores, desgastada pelo vazamento de informações. Até brincaram com a situação. Segundo Dilma, Obama falou que “quando quiser saber qualquer coisa, ele liga para mim”. Perguntada se atenderia a ligação, ela respondeu: “Não só atendo como fico muito feliz”.

As denúncias de espionagem em até seu telefone celular pessoal fizeram com que Dilma cancelasse uma visita de Estado aos EUA em 2013. A atual visita agendada, então, cumpre essa lacuna? Não necessariamente. Visitas de Estado são as mais longas e cerimoniais que existem; a nomenclatura já deixa claro do que se trata, um Estado, simbolizado pelo seu chefe, visitando outro Estado, uma reunião entre dois países. A magnitude dessa visita, entretanto, não é restrita ao simbolismo ou à formalidade. Costumam demorar mais tempo, envolver grandes delegações e uma extensa agenda de negociações.

Por exemplo, a próxima visita de Estado que Obama será o anfitrião está marcada para 28 de abril, quando recebe Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, que ficará nos EUA por oito dias. Obama é um dos presidentes dos EUA que menos recepcionou visitas de Estado; sete, desde 2009, com duas programadas para 2015, Abe e Xi Jinping, presidente chinês. Fontes extraoficiais afirmaram que os EUA gostariam de uma visita de Estado, mas poderia ser realizada apenas em 2016; Dilma teria resolvido fazer a visita menor, mas ainda esse ano, já que 2016 é um ano complicado para a política dos EUA, com eleições presidenciais.

O que seria essa “visita menor” de um líder em outra nação? Existem três outras possibilidades: uma visita oficial, uma visita de trabalho e uma visita privada. No caso da visita agendada de Dilma, será uma visita de trabalho, ou, como tem sido chamada, uma visita de governo; clara diferenciação entre governo e Estado. Quem visita é o atual gabinete, não o Estado. Isso implica em uma visita de menor duração, com uma agenda reduzida, além da ausência dos aspectos cerimoniais citados anteriormente. Seria uma visita para melhorar a relação entre os dois governos?

Não necessariamente. Desde 2013, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, visitou o Brasil três vezes, comparecendo na posse de Dilma para seu segundo mandato. Obama e Dilma também se encontraram na ONU, além de diversos pronunciamentos de Obama, por exemplo, garantindo que “nações amigas” não serão mais espionadas. Os antecedentes de reaproximação e o perfil de Dilma, que conhecidamente não valoriza os cerimoniais do cargo, podem fazer da futura visita uma agenda produtiva. No campo da política internacional, agendas de cooperação tecnológica, climática e de defesa devem dar o tom da reunião.

Para Dilma, talvez o maior benefício da visita seja na política interna. Em meio aos protestos e aos conceitos órfãos da Guerra Fria e da ditadura militar, que dizem que o “Brasil do PT” se afastou dos EUA para se juntar aos “comunistas” ou aos “bolivarianos”, eventos oficiais com Obama podem apaziguar essas ideias. Especialmente se, dessa agenda, decorrerem benefícios concretos às classes sociais que mais compartilham das ideias citadas. Explicitamente, menores barreiras comerciais e a retomada das negociações para dispensa de visto para turistas brasileiros que visitem os EUA. A inclusão brasileira no Visa Waiver Program (VWP) representa, na perspectiva desse autor, o maior ganho político possível para Dilma em sua visita.

Nos próximos 65 dias, certamente muita coisa acontecerá e muito material será vazado (ou “vazado”) para a imprensa, especialmente sobre os tópicos da agenda bilateral que serão tratados na visita. O estabelecimento dessa agenda comum já começou, com a visita do chanceler Mauro Vieira à sede da Organização dos Estados Americanos, Washington, em março. Na semana passada, o Senado Federal ratificou o ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo como novo embaixador em Washington; o atual chanceler ocupava o cargo, colocando dois nomes importantes da diplomacia brasileira no eixo Brasil-EUA. Com uma agenda bilateral bem conduzida e negociações bem-sucedidas, Dilma poderá ganhar fora e dentro das fronteiras brasileiras.

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Veja os 10 pontos mais comentados da ‘cúpula da reconciliação’

1. O aperto de mãos entre os presidentes de Estados Unidos e CubaO presidente dos EUA  Barack Obama cumprimenta o presidente de Cuba Raul Castro durante encontro na Cúpula das Américas na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)
Ocorrido “casualmente” na noite de sexta-feira durante a chegada dos líderes à cerimônia de abertura da Cúpula, os 10 segundos de “interação” entre Barack Obama e Raúl Castro entrarão para a história como a reconciliação mais esperada do continente.

2. O enfrentamento entre Estados Unidos e Venezuela
Em uma cúpula marcada pelo “início do fim da Guerra Fria”, como disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, sobre o reatamento das relações entre Washington e Havana, a intensificação das tensões entre Estados Unidos e Venezuela se tornou a preocupação de muitos dirigentes no Panamá.

3. O passeio de Nicolás Maduro por El Chorrillo
Não bastou ao presidente da Venezuela fazer um passeio pelo popular bairro panamenho. Ele também apadrinhou a reivindicação de seus moradores para que Obama peça perdão pela invasão do Panamá de 1989 e indenize as vítimas da intervenção.

4. Os ‘panelaços’ contra Maduro
Os moradores de pelo menos sete edifícios próximos do centro de convenções que recebe a Cúpula das Américas, muitos deles venezuelanos, protestaram duas vezes, durante a chegada de Nicolás Maduro à cerimônia de abertura do evento e durante seu discurso na sessão plenária, com sonoros ‘panelaços’ que foram ouvidos até dentro do centro de imprensa.

5. As brigas entre dissidentes e governistas cubanos
Uma das atividades paralelas da Cúpula, o Fórum da Sociedade Civil, foi marcada pelos confrontos físicos entre os delegados governistas cubanos e opositores, e a polícia panamenha teve que intervir em várias ocasiões para pôr fim às brigas.

6. A Cúpula dos Povos Indígenas Abya Yala
A realização da V Cúpula dos Povos Indígenas Abya Yala, paralela à VII Cúpula das Américas, permitiu que as comunidades indígenas reivindicassem um maior protagonismo no mundo político e econômico do continente.

7. O jogo de futebol de Evo Morales
A paixão do presidente boliviano pelo futebol é bem conhecida, e Morales aproveitou sua presença na cúpula paralela dos Povos para jogar uma partida com líderes indígenas da região, na qual mostrou seu talento e marcou quatro gols.

8. A ausência da presidente Bachelet
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, é a única líder da região que não foi à histórica “cúpula da reconciliação” devido às graves inundações que afetaram o norte de seu país.

9. A chegada de “The Beast”
Em uma cidade como a capital panamenha, que convive com grandes congestionamentos, a chegada de “The Beast”, a limusine blindada e com avançadas tecnologias que é utilizada pelo presidente americano em todos os seus deslocamentos terrestres, se transformou em tema de conversas de muitos motoristas panamenhos.

10. A ausência de escândalos por parte do Serviço Secreto de Obama
Na última Cúpula das Américas, na cidade colombiana de Cartagena de Indias, em 2012, 12 agentes do Serviço Secreto americano, encarregados de proteger o presidente, foram acusados de levar prostitutas a seus hotéis. No Panamá, por enquanto, os agentes de Obama mantiveram as calças no lugar.

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Obama diz que ainda não decidiu se retira Cuba de lista de terrorismo

Afirmação foi dada em entrevista coletiva após encontro histórico.

Líderes de EUA e Cuba se encontram pela 1a vez em mais de 50 anos.

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Dilma se encontra com Obama e marca visita à Casa Branca

Presidente Dilma participa neste sábado da VII Cúpula das Américas.
Foi marcada viagem da presidente brasileira aos EUA para 30 de junho.

O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff durante encontro na Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)
O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff durante encontro na Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

Em meio às atividades da VII Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, a presidente Dilma Rousseff teve encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na ocasião, também foi marcada uma visita da presidente brasileira aos Estados Unidos para o dia 30 de junho.

Na última terça (7), o chefe do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco, disse que Dilma e Obama discutiriam temas da agenda bilateral (que interessa aos dois países) e assuntos relacionados à cúpula.

FOTO HOME - O presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff durante encontro na Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)
Dilma Rousseff posa para foto com Barack Obama (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

Após o vazamento de denúncias de que líderes mundiais, incluindo Dilma e a chanceler alemã Angela Merkel, haviam sido alvos de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos, as relações entre os governos brasileiro e norte-americano ficaram estremecidas. A presidente brasileira cancelou, em setembro de 2013, uma visita de Estado que faria a Washington.

No ano passado, após Dilma ser reeleita, ela conversou por telefone com Obama. Na ligação, segundo o Palácio do Planalto, a presidente brasileira disse ter “todo interesse” em estreitar as relações do Brasil com os Estados Unidos.

Perguntada, em entrevista coletiva, sobre a decisão de ir aos Estados Unidos e se as relações entre os dois países estariam “normalizadas”, Dilma respondeu que o que fez ela aceitar a ida a Washington foi um processo.

Desde a denúncia da NSA, o governo Obama prometeu que não espionaria países amigos. Dilma disse que levaria isso em consideração. Obama, por sua vez, brincou que disse que, toda vez que precisasse de informações, ligaria para ela.

Dilma informou ainda que decidiu fazer uma visita de governo e não de Estado, porque uma viagem de Estado só poderia ser feita ano que vem – ano eleitoral nos Estados Unidos.

A presidente Dilma Rousseff avaliou ainda que os Estados Unidos e o Brasil têm uma agenda em comum: combate ao aquecimento global, exploração de energias renováveis, aviação, tecnologia e comércio, Defesa e Educação. Segundo ela, a principal agenda é Educação.

Presos políticos na Venezuela
Durante a entrevista coletiva, Dilma também falou sobre a Venezuela. Ela negou que tenha pedido ao presidente do país, Nicolás Maduro, para libertar presos políticos. A presidente disse que, da mesma forma que não se mete com os presos de Guantanamo (dos EUA, na ilha de Cuba), também não interfere com os presos da Venezuela.

Holanda e Argentina
Outro encontro bilateral de Dilma Rousseff, no Panamá, foi com o presidente da Holanda, Mark Rutte. De acordo com o governo, eles conversaram  sobre a importância da educação para a promoção do desenvolvimento. Rutte, informou o Planalto, elogiou o programa brasileiro Ciência sem Fronteiras e reconheceu a posição pioneira do Brasil com a aprovação do Marco Civil da Internet e com as discussões sobre as mudanças climáticas.

Durante a Cúpula das Américas, no Panamá, Dilma Rousseff também se teve reunião bilateral com a mandatária da Argentina, Cristina Kirchner, neste sábado (11). Segundo o Palácio do Planalto, as presidentes conversaram sobre a situação política e econômica da América Latina.

Dilma Rousseff se reúne com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na Cúpula das Américas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dilma Rousseff se reúne com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na Cúpula das Américas (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Mais cedo, neste sábado (11), a presidente Dilma Rousseff elogicou, durante discurso na sessão plenária da Cúpula das Américas, reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, negociada pelos presidentes Raúl Castro e Barack Obama, e defendeu o fim do embargo norte-americano ao país caribenho.

“Celebramos aqui agora a iniciativa corajosa dos presidentes Raúl Castro e Barack Obama de restabelecer relações entre Cuba e Estados Unidos, de pôr fim a este último vestígio da Guerra Fria na região que tantos prejuízos nos trouxe […]. Os dois presidentes deram uma prova do quanto se pode avançar quando aceitamos os ensinamentos da História e deixamos de lado preconceitos e antagonismos que tanto afetaram nossas sociedades”, afirmou Dilma.

“Estamos seguros que outros passos serão dados, como o fim do embargo, que há mais de cinco décadas vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano. Aí, sim, continuaremos concluindo as linhas que pautarão nosso futuro e estaremos sendo contemporâneos de nosso presente […]. Inúmeras oportunidades nascem desse novo ambiente”, completou ela.

Estados Unidos e Cuba
Após a fala de Dilma, o presidente norte-americano discursou e afirmou que seu país não ficará preso ao passado. Obama disse considerar histórico o fato de estar sentado numa mesma mesa com o presidente de Cuba, Raúl Castro. “Os EUA não ficarão presos ao passado. É a primeira vez que em mais de meio século que serão restabelecidadas formalmente as relações diplomáticas”, disse Obama.

Raúl Castro, que falou logo após Obama, começou seu discurso na Cúpula das Américas dizendo que “já era hora de eu falar aqui em nome de Cuba”, referindo-se à primeira participação de seu país no encontro dos líderes do continente americano.

Obama e Castro conversaram por telefone nesta quinta, depois que os dois mandatários chegaram ao Panamá para a cúpula. Na sexta, eles se cumprimentaram na abertura do encontro. É esperado que os presidentes se reúnam neste sábado, segundo afirmou um assessor da Casa Branca. Será a primeira reunião entre um presidente americano e um cubano em mais de cinco décadas de conflito bilateral.

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Obama e Castro têm encontro histórico na Cúpula das Américas

Reunião ocorreu em clima cordial entre os dois líderes e com promessas para o futuro de Cuba e EUA

Obama e Castro apertam as mãos em encontro histórico na Cúpula das Américas – Pablo Martinez Monsivais / AP
 CIDADE DO PANAMÁ — Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, se reuniram há pouco em uma sala privada nos bastidores da VII Cúpula das Américas e voltaram a apertar as mãos. O momento foi um marco das relações interamericanas: trata-se do primeiro encontro entre líderes dos dois países desde antes da Revolução de janeiro de 1959, ou seja, há mais de 56 anos.

Os dois líderes falaram brevemente à imprensa, após o encontro a portas fechadas, acompanhados de seus principais assessores. Convergiram na avaliação de que há muito trabalho a fazer para o restabelecimento pleno das relações diplomáticas, mas asseguraram que as divergências que existem entre Washington e Havana não impedem que os dois países venham a concordar no futuro.

Obama, porém, não anunciou a remoção de Cuba da lista de Estados que apoiam o terrorismo. Esta é a principal demanda cubana nas negociações da retomada das relações diplomáticas, porque será essencial à reintegração financeira e comercial global da ilha. A revisão já foi encerrada pelo Departamento de Estado americano, mas a recomendação final a Obama ainda depende de sinal verde de outras agências federais. A expectativa era que o anúncio seria feito na Cúpula.

— Este é evidentemente um encontro histórico. Era hora de tentarmos uma coisa nova — afirmou Obama. — Ao longo do tempo, é possível virar a página e desenvolver um novo relacionamento entre nossos dois países (…) Estamos na posição de caminhar em direção ao futuro.

O presidente americano reconheceu que há profundas e significativas diferenças entre EUA e Cuba. Por exemplo, os americanos continuarão se pronunciando sobre questões de direitos humanos e os cubanos manifestarão preocupação com políticas dos EUA. Raúl Castro sorriu, consentindo.

— Podemos discordar com o espirito de respeito — afirmou Obama.

Raúl falou em seguida, em espanhol, e disse que concordava com o que Obama havia falado.

— Estamos dispostos a conversar sobre tudo, mas precisamos ser pacientes, muito pacientes — afirmou o cubano. — É possível que a gente discorde em algo hoje sobre o qual concordaremos amanhã.

Raúl repetiu Obama, afirmando que Cuba e EUA podem ter diferenças, mas “com respeito às ideias dos outros”. O cubano brincou, dirigindo-se aos demais integrantes das duas delegações, que “era melhor que ouvissem seus líderes”. Obama riu.

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Barack Obama e Raúl Castro iniciam encontro histórico no Panamá

Reunião é a primeira entre presidentes dos dois países em mais de 50 anos.
Mais cedo, Obama disse que EUA não ficarão presos ao passado.

 O presidente dos EUA  Barack Obama cumprimenta o presidente de Cuba Raul Castro durante encontro na Cúpula das Américas na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)O presidente dos EUA Barack Obama cumprimenta o presidente de Cuba Raul Castro durante encontro na Cúpula das Américas na Cidade do Panamá (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, iniciaram neste sábado (11) um encontro histórico durante a Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, o primeiro entre presidentes dos dois países em mais de meio século, de acordo com jornais internacionais.

A reunião entre os líderes simboliza a reaproximação e retomada do diálogo entre os dois países, encerrando décadas de tensão política e disputa ideológica.

O último encontro frente a frente aconteceu entre os presidentes Dwight Eisenhower, dos EUA, e Fugencio Batista, de Cuba, em 1956, em outra cúpula das Américas no Panamá, de acordo com o USA Today.

Obama descreveu o encontro como “histórico” e acrescentou que continuará pressionando Cuba sobre o tema de direitos humanos. Anunciou ainda que as conversas e esforços estão focados em reabrir as embaixadas em ambos os países.

Da sua parte, Castro afirmou que seguirá dando passos para normalizar os laços entre as duas nações e que estão dispostos a discutir tudo “com muito respeito às ideias”.

“Pode ser que nos convençam de algumas coisas e de outras não, não se deve criar expectativas”, acrescentou Castro. Ao afirmar que os dois países têm que dialogar “com muito respeito”, o líder cubano reconheceu que existem “muitas diferenças” entre os dois governos.

Os dois sentaram-se lado a lado em uma pequena sala de conferências, com um clima cordial, mas de negócios. Cada um acenou e sorriu para alguns dos comentários feitos pelo outro, em breves declarações a jornalistas.

Mais cedo, Obama disse em discurso no encontro que seu país não ficará preso ao passado e que as mudanças na política entre os EUA e Cuba “abrem uma nova era no Hemisfério”.

“Os EUA não ficarão presos ao passado. É a primeira vez que em mais de meio século que serão restabelecidadas formalmente as relações diplomáticas”, disse Obama, que considerou histórico o fato de estar sentado numa mesma mesa com o presidente de Cuba, Raúl Castro

“Penso que não é segredo que continuarão existindo diferenças entre nossos países (…) mas acredito que se conseguirmos seguir esse movimento adiante, serão criadas novas oportunidades (…) Nunca antes as relações com a América Latina foram tão boas”, complementou o presidente norte-americano.

Durante seu discurso, Obama propôs US$ 1 bilhão para ajudar os países da América Central e anunciou que pretende impulsionar o intercâmbio entre estudantes da América Latina e a potência norte-americana.

Castro: ‘Obama está isento da culpa’
Assim que Obama terminou sua fala, o governante anfitrião, Juan Carlos Varela, anunciou a intervenção de Raúl Castro, o que arrancou aplausos de todos reunidos na plenária. O presidente cubano começou seu discurso dizendo que “já era hora de eu falar aqui em nome de Cuba”, referindo-se à primeira participação de seu país na reunião de líderes americanos.

Em sua fala, Castro isentou Barack Obama da culpa de ações políticas contrárias à ilha que foram feitas por “dez antecedentes” do atual líder dos Estados Unidos. Ele afirmou que tem expressado “disposição ao diálogo” com Obama e chamou o governante dos EUA de “um homem honesto”. Logo depois, pediu desculpas por sua emotividade em “defesa da revolução”.O presidente cubano exigiu dos EUA que seja resolvido o embargo comercial imposto em 1962 contra a ilha e ressaltou que seu governo aprecia a possível exclusão de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo. Ele acredita que a potência mundial vai decidir rapidamente sobre o tema e afirma que seu país “nunca deveria ter estado” nesta lista.

O irmão de Fidel Castro afirmou também que vê com bons olhos o fato de Obama considerar que a Venezuela “não é uma ameaça”.

Dilma elogia reaproximação
A presidente Dilma Rousseff elogiou a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos durante seu discurso na plenária e defendeu o fim do embargo norte-americano ao país caribenho.

Dilma defendeu que os países convivam com diferentes visões de mundo e que este século seja um período de paz e desenvolvimento para todos. “A VII cúpula inaugura uma nova era nas relações hemisféricas, na qual é uma exigência conviver com diferentes visões de mundo, sem receitas rígidas ou imposições”, afirmou.

“Celebramos aqui agora a iniciativa corajosa dos presidentes Raúl Castro e Barack Obama de restabelecer relações entre Cuba e Estados Unidos, de pôr fim a este último vestígio da Guerra Fria na região que tantos prejuízos nos trouxe […] Os dois presidentes deram uma prova do quanto se pode avançar quando aceitamos os ensinamentos da História e deixamos de lado preconceitos e antagonismos que tanto afetaram nossas sociedades”, disse Dilma.

Ainda de acordo com Dilma, o Brasil está seguro de que outros passos serão dados, como o fim do embargo, “que há mais de cinco décadas vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano”. Segundo a presidente, oportunidades deverão nascer nesse novo ambiente.

“Estamos seguros que outros passos serão dados, como o fim do embargo, que há mais de cinco décadas vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano. Aí, sim, continuaremos concluindo as linhas que pautarão nosso futuro e estaremos sendo contemporâneos de nosso presente […]. Inúmeras oportunidades nascem desse novo ambiente”, completou.

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