Relíquias da exploração espacial são leiloadas em Nova York

Fotos autografadas e até mesmo alimentos não usados pelos astronautas puderam ser adquiridos em leilão realizado hoje, na cidade de Nova York.

A casa de leilões Bonhams, considerada como a maior e mais antiga do mundo, realizou hoje, em Nova York, um leilão que deixou qualquer aficionado pelo espaço com vontade de ter alguns milhares de dólares para gastar em pequenas relíquias.

Entre os itens leiloados estão fotografias históricas e autografadas por astronautas, documentos de diversas missões e até modelos de cápsulas espaciais. Confira, a seguir, alguns dos itens leiloados e o preço pelo qual foram vendidos.

1. Foto dos Mercury Seven

O grupo conhecido como Mercury Seven era composto por sete astronautas selecionados pela NASA em abril de 1959. Essa foi a única equipe com membros que participaram de todas as classes de missões orbitais do século 20 promovidas pela agência norte-americana: Mercury, Gemini, Apollo e os ônibus espaciais.

Fonte da imagem: Reprodução/Bonhams

Essa foto está assinada por três integrantes do grupo e foi vendida por US$ 1,7 mil (R$ 3,5 mil).

2. Buzz Aldrin no espaço

Quem gostou da presença de Buzz Aldrin na Campus Party Brasil 6 talvez goste da ideia de ter uma foto do astronauta em plena spacewalk durante a missão Gemini 12. Capturada por James Lovell, a fotografia ainda traz a assinatura de Aldrins, que por sinal fez questão de declarar que não está vendendo itens novos neste leilão.

Fonte da imagem: Reprodução/Bonhams

A foto de Buzz foi vendida por US$ 687 (cerca de R$ 1,3 mil).

3. Réplica da espaçonave Gemini

Que tal um modelo em escala de 1/8 da espaçonave Gemini? Construída em acrílico, essa miniatura foi produzida em 1964 pela divisão de modelagem da Atkins and Merrill e custou cerca de US$ 50 mil (R$ 100 mil).

Fonte da imagem: Reprodução/Bonhams

Com o passar do tempo, o valor dessa peça caiu e agora foi vendida por US$ 6 mil (cerca de R$ 12 mil). Mais do que um modelo, esse é também o molde que pode produzir outras peças como essas e, como se não bastasse, desenhos técnicos do projeto acompanham o produto.

4. Óculos de Wally Schirra

Walter Schirra foi um astronauta de muitas conquistas. Para começar, ele foi o primeiro ser humano a ir três vezes para o espaço e, além disso, acumulou um total de 295 horas e 15 minutos fora da Terra. Sendo um dos membros do grupo Mercury Seven, Schirra também participou dos três primeiros programas espaciais da NASA: Mercury, Gemini e Apollo.

Fonte da imagem: Reprodução/Bonhams

Os óculos acima foram usados pelo astronauta durante os treinamentos das missões Gemini e Apollo. Acompanha o lance uma carta datilografada e assinada por Schirra. O conjunto foi adquirido por US$ 2,7 mil (R$ 5,43 mil).

5. Sopa de batata autografada

Você gosta de batata? E de exploração espacial? Gosta mais de batata ou de exploração espacial? Não interessa: um dos itens mais curiosos à venda no leilão era um pacote de sopa de batatas que foi ao espaço durante a missão Apollo 13.

Fonte da imagem: Reprodução/Bonhams

Autografada pelo astronauta Fred Haise, esse alimento ficou em órbita ao redor da Lua durante o período de 11 a 17 de abril de 1970. A sopa foi vendida por US$ 8,1 mil (cerca de R$ 16,3 mil) e, junto com ela, o comprador também levou uma carta do próprio Haise que atesta a autenticidade do item.

Infelizmente, o comprador não poderá “fazer uma sopa pra nós”, já que o prazo de validade do alimento deve ter expirado há um bom tempo.

Mais de 80% dos depósitos de ouro da Terra são formados durante terremotos

Por incrível que pareça, a maior parte do ouro do nosso planeta é formado instantaneamente, devido a grande pressão de sismos provocados no interior da Terra.
Fonte da imagem: ShutterStock/io9 Mais de 80% dos depósitos de ouro da Terra são formados durante terremotos

De acordo com um artigo publicado pela revista New Scientist, mais de 80% dos depósitos de ouro do nosso planeta são formados por terremotos que acontecem no interior da Terra, já que possuem a capacidade de rachar rochas de maneira tão rápida que os fluidos que correm por elas evaporam automaticamente. Esse processo deixa para trás resíduos muito ricos em minerais, incluindo o ouro.

Geólogos já sabiam que o ouro costuma se formar quando água rica em minerais escorre pelas fendas de rochas que estão entre 5 e 30 quilômetros abaixo do solo. Mas ainda não havia pistas de como o ouro se formava nessas valas. O papel dos terremotos nesse processo sempre foi levado em consideração, mas como se acreditava que as mudanças de pressão provocadas por esses fenômenos naturais eram pequenas demais, os pesquisadores não tinha certeza de que elas eram tão  influentes no processo.

Agora, Richard Henley, da Universidade Nacional Australiana, e Dion Weatherley, da Universidade de Queensland, estudaram a dinâmica desses sismos e constataram que as mudanças de pressão provocadas por terremotos são muito maiores do que se pensava. O modelo construído pelos cientistas sugere que esse fenômeno é capaz de abrir fendas na velocidade do som, mesmo em rochas muito profundas.

Ouro instantâneo

Quando uma rocha é quebrada por um terremoto, o fluido que escorre por ela não consegue ser rápido o suficiente para preencher o buraco recém-formado e acaba evaporando. Isso se deve ao fato de que pressão naquela região cai instantaneamente e com uma variação absurda: vai de 3 mil vezes o valor da pressão atmosférica para a mesma pressão experimentada na superfície da Terra, de maneira quase instantânea.

O processo de evaporação do fluido nessas condições é conhecido como “evaporação flash” (flash evaporation). Quando isso ocorre, os minerais contidos no líquido acabam se acumulando nas rochas e muitos acabam sendo levados, posteriormente, por outros fluidos que possam escorrer por ali. Entretanto, os minerais menos solúveis, como é o caso do ouro, permanecem naquele local.

Segundo o geólogo John Muntean, da Universidade de Nevada em Reno, Estados Unidos, o trabalho de Henley e Weatherley é importante porque quantifica essa queda de pressão e faz a associação desses dados com os de solubilidade do ouro.

No Brasil, 113 cidades se juntam à Hora do Planeta

Na noite deste sábado, num ato simbólico promovido no mundo todo pela rede WWF, governos, empresas e a população demonstraram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as luzes durante 60 minutos. O movimento neste ano chamou a atenção para as necessidades e os desafios em torno da água – alinhada à iniciativa da Unesco, que definiu 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água.

No Brasil, a maior parte da eletricidade (90%) vem das hidrelétricas. Para a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, estamos muito ligados à agua. “Nada, em lugar nenhum, tem condições de sobrevivência sem água. Nós usamos água muitas vezes sem saber de onde ela vem. Não nos informamos qual sua origem, o que ela contém em sua composição, para onde ela vai depois. Ao chamar atenção para este assunto na Hora do Planeta, este movimento mundial em que apagamos as luzes durante uma hora, mostramos que energia, água e qualidade de vida estão todas intimamente ligadas”, destacou.

Há 12 anos, o WWF-Brasil trata do tema água por meio de dois programas para atuar na revisão das formas de utilização desse recurso natural em todo o País e na consolidação de legislações estratégicas como o Plano Nacional de Recursos Hídricos. Os programas permitiram ainda a mobilização de 17 milhões de pessoas em campanhas de água e clima em todo o Brasil.

Mobilização nacional

No Brasil, a Hora do Planeta contou com o apoio de 113 cidades, sendo 22 capitais, além de mais de 480 empresas e organizações. A cidade-âncora Brasília abriu o evento com a participação de 800 pessoas no show da banda regional Patubatê e DJs Criolina, no Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios, um dos monumentos apagados.

A cidade de Florianópolis participou da Hora do Planeta no dia em que comemorou 287 anos, apagando as luzes de seu principal cartão postal: a ponte Hercílio Luz. Foi o quinto ano consecutivo que a capital catarinense participou do movimento. O chamado símbolo da cidade está desativado para o tráfego há mais de 30 anos e teve todas as luzes apagadas. Muitos moradores foram até a ponte para fotografar a estrutura de 800 metros.

Em São Paulo, o grupo Vá de Bike reuniu cerca de 100 ciclistas numa pedalada. O circuito passou por três dos locais e monumentos paulistanos que ficaram às escuras durante a Hora do Planeta: o Vale do Anhangabaú, o Theatro Municipal e a Biblioteca Mário de Andrade.

Em Manaus, o público que assistiu ao show da banda Livre Prisioneiro recebeu mudas por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e, durante a Hora do Planeta, o grupo Pro-Red fez uma performance artística com luzes negras e lâmpadas de LED.

Na capital carioca, monumentos como o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa e a orla de Copacabana também tiveram suas luzes apagadas. Celebridades como o músico Tom Zé, a atriz Paola Oliveira e o chef Alex Atala, entre outros, vestiram a camisa e apoiaram a ação.

A cantora Gaby Amarantos topou o desafio “Eu vou se você for” do WWF e prometeu ficar um dia inteiro longe da internet se mil pessoas curtissem uma foto dela no Instagram. O cineasta Flávio Tambellini também embarcou no desafio e se propôs a usar bicicleta por um mês e plantar uma árvore por semana no Rio de Janeiro se mil pessoas fizessem o mesmo. Essas iniciativas, que já reuniram mais de 4 milhões de interações no YouTube, consistem na produção de um vídeo em que qualquer pessoa assume um compromisso e desafia outra com o objetivo de mudar o planeta.
Sobre a Hora do Planeta
A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas. Desde sua primeira edição, em março de 2007, a Hora do Planeta não parou de crescer. O que começou como um evento isolado em uma única cidade – Sidney, na Austrália – tornou-se uma ação global, envolvendo 1 bilhão de pessoas em mais de 5 mil cidades de 152 países. Alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, como as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, em Paris, a Acrópole de Atenas e até mesmo a cidade de Las Vegas já ficaram no escuro durante 60 minutos.