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Vulcão Kilaeua, no Havaí, tem erupção explosiva no cume

Defesa civil avisou que fumaça pode atrapalhar visibilidade na região.

Imagem do Serviço Geológico americano mostra fumaça sobre o Kilauea nesta quinta (Foto: Reprodução/Twitter/USGS_volcanoes)
Imagem do Serviço Geológico americano mostra fumaça sobre o Kilauea nesta quinta (Foto: Reprodução/Twitter/USGS_volcanoes)

O vulcão Kilaeua, no Havaí, teve uma erupção explosiva em seu cume, lançando uma coluna de fumaça para o alto na manhã desta quinta-feira (17), pela hora local. A defesa civil local advertiu que a fumaça irá cobrir a área ao redor da montanha e que motoristas que sejam surpreendidos pelas cinzas devem parar seus veículos e esperar que a visibilidade melhore.

Nesta quarta, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) havia elevado para alerta vermelho o nível de erupção do vulcão, que na última semana provocou a retirada de centenas de pessoas de seus lares.

Um nível de alerta vermelho significa que “uma grande erupção vulcânica é iminente, está acontecendo ou se presume”.

Por que é tão complicado conter a lava de um vulcão como o Kilauea, no Havaí?

No Havaí, a lava avançou sem controle nas estradas e engolido casas e carros
No Havaí, a lava avançou sem controle nas estradas e engolido casas e carros (Reprodução – Getty Images)

A erupção do vulcão Kilauea no Havaí rendeu imagens espetaculares nos últimos dias e, ao mesmo tempo, apocalípticas.

O vulcão está em atividade desde quinta-feira, dia 3, e rios de lava têm avançado sem controle nas estradas e engolido casas e carros por onde passa. Cerca de 2 mil pessoas foram obrigadas a deixar a área e outras 10 mil aconselhadas a procurar abrigo.

As imagens aéreas permitem ver a cor laranja incandescente da lava e as colunas de fumaça do vulcão.

Organizações que atuam em casos de emergência têm adotado vários tipos de estratégias, nos últimos anos, na tentativa de impedir o avanço da lava.

As investidas incluem desde tentativas de resfriamento da lava com água até o uso de bombas em seu trajeto para enfraquecer o fluxo.

Mas até que ponto esses mecanismos têm funcionado?  Continuar lendo Por que é tão complicado conter a lava de um vulcão como o Kilauea, no Havaí?

No Havaí, lava do vulcão Kilauea engole floresta, estradas e carros

Já foram destruídas 30 casas e dois mil moradores foram levados para áreas mais seguras. Gás tóxico também preocupa.

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Progressão da lava do vulcão Kilauea no Hawai. A erupção começou há dois dias
(BRUCE OMORI / PARADISE HELICOPTE /REUTERS)

O vulcão Kilauea, que entrou em erupção na quinta-feira (3), voltou a preocupar bastante, os moradores da maior ilha do Havaí.

Primeiro a terra tremeu, depois se partiu e, desde então, a lava explode na superfície. Pelo quinto dia seguido o monstro de fogo se espalha pelo Havaí. A erupção é em Big Island, a maior das ilhas havaianas.

A lava desce lentamente, mas com uma força incontrolável. Vai engolindo e incinerando o que encontra pela frente: a floresta, a estrada, carros.

Trinta casas já foram consumidas e dois mil moradores foram levados para áreas mais seguras. O gás tóxico expelido pelas novas aberturas que surgiram com os terremotos também preocupa.

O Havaí é acostumado com os vulcões. Na verdade, o arquipélago inteiro foi formado por eles, e o Kilauea é um dos vulcões mais ativos do mundo. Vem tendo erupções desde 1983.

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Terremoto de magnitude 5,5 no sudoeste da China deixa 20 feridos

  • Moradores de Lincang recebem assistência médica em hospital pouco depois do terremoto
    Moradores de Lincang recebem assistência médica em hospital pouco depois do terremoto

Ao menos 20 pessoas ficaram feridas e numerosos danos materiais é o saldo provisório de um terremoto de magnitude 5,5 na escala Richter que sacudiu no domingo (1º) a província chinesa de Yunnan, localizada no sudoeste da China, segundo informou nesta segunda-feira a agência oficial “Xinhua”.

O terremoto teve seu epicentro na comarca de Cangyuan às 18h24 (horário local do domingo, 7h24 de Brasília) e causou graves danos nas casas da região, situada na fronteira com Mianmar.

As autoridades enviaram para a área mil tendas, 2.000 cobertores e 20.000 metros quadrados de lonas para atender as famílias que perderam seus lares.

A zona é habitada sobretudo por minorias étnicas camponesas, cujas casas não são preparadas para resistir a movimentos sísmicos.

Na mesma região, um terremoto de 6,5 graus de intensidade ocorrido em 3 de agosto causou mais de 600 mortos e destruiu ao redor de 80 mil casas.

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Saiba quais foram os 5 terremotos mais poderosos de que se tem notícia

Conheça um pouco mais sobre alguns tremores de terra que abalaram a História
Fonte da imagem: Shutterstock Saiba quais foram os 5 terremotos mais poderosos de que se tem notícia

Por sorte, aqui no Brasil não sofremos com grandes tremores de terra, só com uns chacoalhõezinhos  bem de vez em quando. No entanto, existem países pelo mundo — inclusive alguns vizinhos nossos! — que estão acostumados com abalos violentos, desses que deixam inúmeras vítimas e provocam grandes destruições.

A seguir você pode conferir uma lista com os cinco piores terremotos já registrados no mundo, selecionados a partir de um artigo publicado pelo The Guardian. Por certo, você vai perceber que a escala utilizada foi a “magnitude de momento” ou Mw— e não a Escala de Richter —, que está baseada na medição da energia total liberada durante um sismo e é a mais utilizada pela sismologia para medir e comparar os abalos de terra de grandes proporções.

5 – Peru

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Bem, quando este terremoto de magnitude 9Mw ocorreu, em 1868, a região de Arica ainda fazia parte do território peruano e não do chileno, como agora. O sismo resultou em um tsunami que destruiu a cidade de Arequipa e provocou a morte de 25 mil pessoas.

Os tremores também foram sentidos em La Paz, na Bolívia, e horas depois, ondas de 16 metros de altura atingiram o Havaí, inundando a costa e até arrastando um navio canhoneiro mais de três quilômetros continente adentro, que foi parar precariamente na beira de uma falésia de 60 metros.

4 – Rússia

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Registrado em 1952, na península vulcânica de Kamchatka, na Rússia, este terremoto de magnitude 9 Mw não provocou danos locais. Quem sofreu com os abalos foram — de novo — as ilhas do Havaí que, apesar de estarem localizadas a quase 5 mil quilômetros de distância do epicentro, foram atingidas por um tsunami que provocou danos estimados em vários milhões de dólares.

3 – Oceano Índico

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Você provavelmente se lembra deste terrível terremoto que ocorreu a costa oeste de Sumatra, na Indonésia, em dezembro de 2004. O sismo de magnitude 9,1 Mw ocorreu um dia após o natal, e o tsunami resultante arrasou  diversas cidades litorâneas e provocou a morte de aproximadamente 230 mil pessoas. Este foi o pior desastre natural já registrado — com respeito ao número de vítimas — da História.

2 – Alasca

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

Com magnitude 9,2 Mw, o terremoto que atingiu a enseada de Prince William no Alasca em março de 1964, além dos violentos tremores, também provocou deslizamentos de terra e a elevação de algumas ilhas remotas em até 11 metros. O sismo desencadeou um tsunami que chegou a atingir 67 metros de altura e arrasou a cidade de Valdez, deixando 128 mortos e danos estimados em mais de R$ 700 milhões.

1 – Chile

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

O terremoto mais poderoso já registrado no mundo foi o que ocorreu no Chile em maio de 1960. Com uma magnitude de 9,5 Mw, o sismo deixou mais de 4.400 vítimas — entre mortos e feridos —, além de aproximadamente 2 milhões de desabrigados. O tremor foi seguido de um tsunami não só destruiu o Porto Saavedra, como também matou outras 170 pessoas quando ondas de mais de 5 metros de altura atingiram as costas do Japão e das Filipinas.

Para piorar ainda mais a situação, apenas um dia após o terremoto o vulcão Puyehue, localizado na Cordilheira dos Andes, na região de Los Ríos, entrou em erupção, lançando cinzas a mais de 6 mil metros de altura. A atividade vulcânica durou várias semanas.

Mais de 80% dos depósitos de ouro da Terra são formados durante terremotos

Por incrível que pareça, a maior parte do ouro do nosso planeta é formado instantaneamente, devido a grande pressão de sismos provocados no interior da Terra.
Fonte da imagem: ShutterStock/io9 Mais de 80% dos depósitos de ouro da Terra são formados durante terremotos

De acordo com um artigo publicado pela revista New Scientist, mais de 80% dos depósitos de ouro do nosso planeta são formados por terremotos que acontecem no interior da Terra, já que possuem a capacidade de rachar rochas de maneira tão rápida que os fluidos que correm por elas evaporam automaticamente. Esse processo deixa para trás resíduos muito ricos em minerais, incluindo o ouro.

Geólogos já sabiam que o ouro costuma se formar quando água rica em minerais escorre pelas fendas de rochas que estão entre 5 e 30 quilômetros abaixo do solo. Mas ainda não havia pistas de como o ouro se formava nessas valas. O papel dos terremotos nesse processo sempre foi levado em consideração, mas como se acreditava que as mudanças de pressão provocadas por esses fenômenos naturais eram pequenas demais, os pesquisadores não tinha certeza de que elas eram tão  influentes no processo.

Agora, Richard Henley, da Universidade Nacional Australiana, e Dion Weatherley, da Universidade de Queensland, estudaram a dinâmica desses sismos e constataram que as mudanças de pressão provocadas por terremotos são muito maiores do que se pensava. O modelo construído pelos cientistas sugere que esse fenômeno é capaz de abrir fendas na velocidade do som, mesmo em rochas muito profundas.

Ouro instantâneo

Quando uma rocha é quebrada por um terremoto, o fluido que escorre por ela não consegue ser rápido o suficiente para preencher o buraco recém-formado e acaba evaporando. Isso se deve ao fato de que pressão naquela região cai instantaneamente e com uma variação absurda: vai de 3 mil vezes o valor da pressão atmosférica para a mesma pressão experimentada na superfície da Terra, de maneira quase instantânea.

O processo de evaporação do fluido nessas condições é conhecido como “evaporação flash” (flash evaporation). Quando isso ocorre, os minerais contidos no líquido acabam se acumulando nas rochas e muitos acabam sendo levados, posteriormente, por outros fluidos que possam escorrer por ali. Entretanto, os minerais menos solúveis, como é o caso do ouro, permanecem naquele local.

Segundo o geólogo John Muntean, da Universidade de Nevada em Reno, Estados Unidos, o trabalho de Henley e Weatherley é importante porque quantifica essa queda de pressão e faz a associação desses dados com os de solubilidade do ouro.